domingo, 11 de maio de 2025

PERNAMBUCO TEM A QUINTA MAIOR POPULAÇÃO QUILOMBOLA DO PAÍS, MARCADA PELA PRECARIEDADE NO SANEAMENTO

Pernambuco tem 5ª maior população quilombola do país, marcada pela precariedade no saneamento
Quase 79 mil pessoas são quilombolas em Pernambuco. O estado tem o 5º maior quantitativo de pessoas quilombolas no Brasil, ficando atrás apenas da Bahia, do Maranhão, do Pará e de Minas Gerais.

Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou o “Censo 2022: Quilombolas – Principais características das pessoas e dos domicílios, por situação urbana ou rural do domicílio”, nesta sexta-feira (09).

A publicação apresenta índices com recortes para situação rural e urbana, dados sobre sexo e idade, alfabetização, registro de nascimento, além de características dos domicílios com pelo menos um morador quilombola quanto ao saneamento básico, composição domiciliar e óbitos registrados.

No estado de Pernambuco, 32% dos quilombolas vivem em áreas urbanas, enquanto 68% estão em áreas rurais. Além disso, a maior parte da população está em territórios quilombolas oficialmente delimitados (77%), mas um percentual significativo não está (23%).

“A situação urbana ou rural dos domicílios é decisiva para o dimensionamento adequado das políticas públicas, principalmente aquelas relacionadas à escolarização e ao saneamento básico”, esclarece Fernando Damasco, gerente de Territórios Tradicionais e Áreas Protegidas do IBGE.

Políticas públicas

O acesso à escolarização no território pernambucano ainda é baixo para esse grupo: mais de 26% dos quilombolas do estado não são alfabetizados. O número é maior do que a média nacional de 19%.

Assim como em todo o país, em Pernambuco essas populações também sofrem com precariedade no saneamento básico, como a falta do abastecimento de água, a destinação do esgoto ou a coleta de lixo.

Apenas um em cada quatro domicílios com moradores quilombolas têm acesso à rede de esgoto e menos da metade (45%) tem abastecimento de água pela rede geral e coleta de lixo.

O IBGE considerou como precariedade as seguintes situações:

A principal forma de abastecimento de água se dá por rede geral de distribuição, poço, fonte, nascente ou mina encanada somente até o terreno ou não chega encanada, ou aqueles em que, com ou sem encanamento, a água utilizada é proveniente de carro-pipa, água da chuva armazenada, rios, açudes, córregos, lagos, igarapés ou de outras formas não listadas anteriormente;

Têm como destinação do esgoto fossa rudimentar, buraco, vala, rio, córrego, mar ou outra forma, ou não têm esgotamento devido à inexistência de banheiros ou sanitários;

O lixo não é coletado direta ou indiretamente por serviço de limpeza – é queimado ou enterrado na propriedade, jogado em terreno baldio, encosta ou área pública ou outro destino

Via Pe Noticias

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