Durante sua participação na 25ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, voltou a se destacar como uma das principais vozes de articulação política no cenário nacional ao declarar publicamente seu apoio à criação de uma federação entre o Republicanos, partido ao qual é filiado, e o MDB. A declaração foi dada em entrevista concedida à Rede Pernambuco de Rádios e ao Blog do Alberes Xavier, dois dos principais veículos de comunicação política do estado. A proposta, que vem ganhando corpo nos bastidores de Brasília, é vista como uma tentativa de fortalecer a governabilidade e unificar forças em torno de uma pauta comum nas eleições municipais e nos próximos embates nacionais. De acordo com Silvio Costa Filho, há um ambiente bastante favorável à federação, com mais de 80% dos diretórios estaduais de ambas as legendas demonstrando abertura para o diálogo e entendimento. Segundo ele, esse percentual elevado reflete a maturidade política dos quadros dos dois partidos e o desejo de construírem uma aliança sólida que ultrapasse as disputas eleitorais pontuais. O ministro também informou que os presidentes nacionais das siglas, Marcos Pereira (Republicanos) e Baleia Rossi (MDB), já abriram um canal de conversas e estão alinhando os primeiros passos para a criação de um grupo de trabalho. Esse grupo, conforme detalhou, será responsável por elaborar um diagnóstico minucioso do cenário político de cada estado brasileiro, ouvindo lideranças locais, parlamentares e governadores ligados às duas agremiações. A intenção é criar um plano de ação integrado que respeite as especificidades regionais, mas que mantenha a coesão nacional da eventual federação. Apesar do entusiasmo, Silvio Costa Filho fez questão de adotar um tom prudente ao tratar do tema, sinalizando que, embora seja um defensor da união, qualquer decisão deve ser tomada com responsabilidade e após um processo de avaliação criteriosa. Para ele, o momento exige diálogo constante, escuta atenta e articulação estratégica para que a possível federação não seja apenas uma junção de siglas, mas uma construção programática com propósitos comuns. Ao comentar a relevância do tema, o ministro lembrou que o Brasil vive um tempo de transformações políticas e que é preciso pensar em soluções que deem estabilidade à governabilidade e capacidade de entrega aos municípios, estados e à União. A federação, nesse contexto, aparece como uma alternativa viável de consolidar alianças duradouras e de apresentar ao eleitorado um projeto consistente, que transcenda o calendário eleitoral. Ele reiterou que o Republicanos está aberto ao debate e preparado para contribuir com a formação de um bloco político que dialogue com o centro democrático e com os setores comprometidos com o desenvolvimento do país. Ao ser questionado sobre prazos ou definições imediatas, Silvio preferiu reforçar que ainda é cedo para qualquer anúncio oficial, embora os sinais sejam positivos. O ministro disse acreditar que até o segundo semestre as conversas devam se intensificar e que, se houver entendimento, a federação poderá ser formalizada a tempo de atuar de forma unificada nas eleições municipais de 2026, com reflexos importantes já em 2024. Para ele, o fundamental é que os diálogos prossigam com maturidade e espírito público.
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