A Polícia Civil de Pernambuco confirmou nesta quarta-feira (14) que o corpo encontrado em estado avançado de decomposição no dia 22 de abril, em uma área de mata no Sítio Salina, zona rural de Paranatama, no Agreste do Estado, pertence a Joseane Balbino da Silva, de 47 anos. A identificação foi possível por meio de exame papiloscópico realizado na arcada dentária da vítima, conforme laudo técnico emitido pelo Instituto de Identificação Tavares Buril, órgão vinculado à Secretaria de Defesa Social. Joseane estava desaparecida desde o dia 23 de dezembro de 2024, quando foi vista pela última vez saindo de uma academia localizada no bairro Aloísio Pinto, em Garanhuns, onde residia no bairro Boa Vista.
A partir do seu desaparecimento, familiares e amigos deram início a uma mobilização intensa nas redes sociais, colaram cartazes em pontos estratégicos da cidade e mantiveram contato diário com a polícia em busca de informações. As investigações foram conduzidas pela 1ª Delegacia de Polícia de Garanhuns, sob a titularidade do delegado Victor Hugo, que desde o início do caso passou a buscar imagens de câmeras de segurança, ouvir testemunhas e traçar o percurso de Joseane nas horas anteriores ao desaparecimento.
A Polícia Civil revelou que o principal suspeito de envolvimento no crime era Antônio Cardoso de Freitas, de 72 anos, que manteve contato com a vítima e foi a última pessoa a ser associada à sua presença.
No entanto, Antônio morreu seis dias após o sumiço de Joseane, no dia 29 de dezembro, ao colidir de frente com um caminhão no quilômetro 81 da BR-423, na saída de Garanhuns em direção ao município de Caetés. O acidente foi registrado como fatal, e o corpo do idoso foi sepultado dias depois sem que houvesse, à época, provas concretas que o ligassem ao desaparecimento. A confirmação da identidade de Joseane como a mulher encontrada em Paranatama só foi possível semanas após o achado, em virtude do avançado estado de decomposição e da necessidade de exames forenses detalhados. O corpo foi descoberto por moradores da região, que perceberam a presença de restos humanos em meio à vegetação e acionaram imediatamente as autoridades. A perícia técnica esteve no local e recolheu os vestígios para análise. O inquérito policial, mesmo com a morte do principal suspeito, permanece em andamento e a Polícia Civil trabalha para consolidar todas as evidências técnicas e circunstanciais que possam esclarecer completamente os fatos. Amigos e familiares, que acompanharam com angústia o caso durante mais de quatro meses, agora enfrentam a dor da confirmação trágica do falecimento de Joseane. Ela era bastante conhecida em Garanhuns e tinha uma rotina ativa, o que intensificou o impacto de sua ausência e motivou campanhas contínuas por informações. O caso comoveu a cidade e segue sendo um dos mais marcantes do ano na região.
Informações do Portal Agreste Violento
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