O cenário político de 2025 está sendo marcado por uma ofensiva sem precedentes da federação formada entre União Brasil e Progressistas (PP), que já nasceu como a maior força do Congresso Nacional e agora busca se tornar ainda mais dominante. A federação, que reúne uma bancada robusta e um exército de mais de 1,7 mil prefeitos espalhados pelo território brasileiro, tem como próximo alvo a incorporação do Republicanos, numa jogada que pode redefinir completamente o equilíbrio de poder nas eleições de 2026. Embora o presidente do Republicanos, Marcos Pereira, tenha declarado ainda em 2024 que a sigla manteria sua independência, o ano de 2025 trouxe uma nova intensidade às articulações, com conversas cada vez mais frequentes e avançadas nos bastidores. As tratativas são conduzidas com habilidade por figuras como o deputado federal Eduardo da Fonte, um dos grandes arquitetos da união entre União Brasil e PP e agora peça-chave na ofensiva para atrair o Republicanos.
Se a adesão do Republicanos se confirmar, a federação saltaria para uma bancada de 153 deputados e 18 senadores, consolidando um bloco com força suficiente para ditar a pauta do Legislativo, controlar as mesas diretoras da Câmara e do Senado e interferir de maneira decisiva na eleição presidencial do próximo ano. O plano da federação não se limita apenas ao Congresso: com a adesão do Republicanos, a estrutura partidária se expandiria para ainda mais prefeituras e governos estaduais, criando uma malha de poder que atravessa o país de ponta a ponta. Essa capilaridade seria decisiva para a montagem das chapas majoritárias e proporcionais em 2026, garantindo hegemonia política e acesso privilegiado às máquinas administrativas. Por trás dessa movimentação está a estratégia clara de consolidar um novo polo de poder, mais robusto e coeso do que o centrão tradicional, capaz de negociar com qualquer governo e, se necessário, impor sua agenda própria.
As conversas com o Republicanos avançam com base na promessa de respeitar a autonomia regional da legenda e de oferecer participação proporcional nas decisões da federação. Em diversos estados, lideranças do Republicanos já sinalizam simpatia pela proposta, especialmente diante do cenário de polarização e do enfraquecimento de outras legendas do centro. Eduardo da Fonte e outros caciques da federação vêm atuando pessoalmente nessas negociações, destacando que a entrada do Republicanos fortaleceria ainda mais a capacidade do bloco de influenciar reformas estruturantes no país e de comandar a alocação de recursos e cargos estratégicos no próximo governo.
Nos bastidores de Brasília, cresce a percepção de que a federação União Brasil-PP está pavimentando o caminho para se tornar uma superpotência partidária, com poder de veto e decisão sobre os rumos políticos e econômicos do Brasil. Mesmo partidos como o MDB, que tradicionalmente atuam com independência, observam com apreensão o avanço desse bloco e já ensaiam aproximações, temendo ficar isolados diante do novo desenho que está se formando. A ofensiva da federação ocorre num momento em que as articulações para 2026 começam a ganhar corpo, e a possibilidade de um bloco com mais de 150 deputados e capilaridade em quase dois mil municípios coloca a federação como protagonista absoluto da cena política nacional. Em meio a essa reconfiguração, o Republicanos surge como a peça mais cobiçada do jogo, e sua decisão final poderá selar o surgimento de um bloco dominante com poder de moldar o futuro político do Brasil por muitos anos. Com informações do Metrópoles.
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