Prefeita de Serra Talhada e ex-presidenta da Amupe, Márcia reúne um conjunto de atributos que agradam ao PSB e fazem dela uma opção quase ideal. Mulher, nordestina de raiz, bem avaliada em sua gestão no Sertão do Pajeú e com trânsito livre entre prefeitos de várias siglas, ela encarna uma representação simbólica e política poderosa. Sua presença na chapa agregaria diversidade, territorialidade e sensibilidade social — pontos que o PSB quer acentuar diante do eleitorado do Recife e da Região Metropolitana. Além disso, sua ligação com o presidente Lula é sólida, e seu nome ecoa com respeito entre lideranças petistas, o que facilitaria uma costura política sem rupturas.
O que o PSB tenta evitar é o peso de uma imposição. Humberto Costa, embora ainda tenha influência no partido e no governo federal, é visto como uma figura com trajetória desgastada eleitoralmente, principalmente na capital. Sua eventual presença como cabeça de chapa ou até mesmo como vice dificultaria a narrativa de renovação que João Campos tenta encampar para seu projeto de reeleição. Nesse contexto, Márcia surge como alternativa capaz de preservar a aliança, evitar ruídos com o PT e, ao mesmo tempo, manter a predominância do PSB na condução da campanha e no projeto de poder estadual. Por trás das cortinas, a movimentação já começou. E o objetivo é chutar Humberto e manter o PT, quem viver verá!
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