segunda-feira, 23 de junho de 2025
BRASILEIRA ISOLADA EM CRATERA EM VULCÃO NA INDONÉSIA É ENCONTRADA E AGUARDA RESGATE VISIVELMENTE IMÓVEL
A angústia da família da turista brasileira Juliana Marins, de 33 anos, cresce a cada hora diante da lenta operação de resgate montada na Indonésia. Juliana foi localizada visualmente imóvel a cerca de 500 metros de profundidade na cratera do monte Rinjani, um dos vulcões ativos mais altos do país, após cair em um penhasco durante uma trilha turística no último sábado. A localização da brasileira só foi possível graças ao uso de um drone com sensor térmico, que a identificou na área de Cemara Nunggal às 7h05 da manhã desta segunda-feira, no horário local. Desde o início das buscas, a operação tem enfrentado dificuldades causadas por terreno acidentado, neblina densa e clima instável, o que tem provocado atrasos e recuos na tentativa de resgate. A Agência Nacional de Busca e Salvamento da Indonésia (Basarnas) chegou a interromper as operações ao fim da tarde, prometendo retomar as buscas com helicóptero e equipe especializada ao amanhecer de terça-feira. A situação tem revoltado familiares, que cobram mais empenho das autoridades. Mariana Marins, irmã de Juliana, afirma que houve falhas graves na logística e comunicação por parte dos indonésios, denunciando que a equipe de resgate demorou 17 horas para alcançar o local no primeiro dia. Segundo ela, a irmã permanece sozinha, sem água, comida ou qualquer agasalho adequado, o que aumenta a apreensão diante das condições climáticas e da profundidade em que foi encontrada. Mariana também critica o comportamento do guia responsável pelo grupo de turistas, alegando que ele permitiu que Juliana ficasse para trás mesmo após manifestar sinais de exaustão. De acordo com relatos da família, Juliana iniciou sua viagem em fevereiro como mochileira e, embora estivesse com bom preparo físico, não era montanhista experiente. O passeio, vendido por agências como atividade turística comum, atrai visitantes sem treinamento técnico. Na tentativa de acelerar o socorro, um alpinista independente com experiência em resgates e conhecimento da região iniciou por conta própria a descida até o ponto onde Juliana foi vista. Ele está acompanhado de outro montanhista e, segundo a família, representa uma nova esperança de que o socorro chegue antes que a situação se agrave ainda mais. Enquanto isso, Mariana Marins cobra ação urgente do governo brasileiro para pressionar diplomática e logisticamente as autoridades da Indonésia. A cada novo amanhecer no Sudeste Asiático, cresce a urgência em torno da sobrevivência de Juliana, que permanece isolada no interior de uma cratera vulcânica, sem suprimentos básicos e dependendo da rapidez de um resgate que, até agora, falha em chegar.
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