A trágica história da advogada Maria Eduarda Medeiros, conhecida como Duda, de 28 anos, chegou ao desfecho mais doloroso na manhã desta terça-feira (24), quando seu corpo foi localizado na praia de Calhetas, no litoral sul de Pernambuco. O desaparecimento de Duda mobilizou equipes de resgate e comoveu o estado desde o último sábado (21), quando o veleiro em que ela navegava virou nas imediações do molhe do Porto de Suape. O acidente ocorreu em meio a condições marítimas adversas, marcadas por fortes ventos e mar agitado, o que dificultou os primeiros esforços de busca.
Duda estava acompanhada de seu cão de estimação, que também desapareceu e, até o momento, não foi encontrado. O namorado da advogada, o médico urologista Seráfico Júnior, que também estava a bordo da embarcação, conseguiu sobreviver após nadar por cerca de três horas até conseguir chegar à costa, onde foi resgatado. Segundo relatos preliminares, o casal havia saído para velejar em um passeio de lazer e não teria emitido sinal de socorro antes do naufrágio. As causas do acidente ainda são apuradas pela Capitania dos Portos de Pernambuco, que já instaurou um inquérito para investigar as circunstâncias da tragédia.
As buscas por Maria Eduarda mobilizaram não apenas os bombeiros e a Capitania dos Portos, mas também voluntários da comunidade local, pescadores experientes e aeronaves de resgate. A complexidade da operação foi agravada pela visibilidade reduzida e pelas condições meteorológicas instáveis, o que levou à suspensão temporária das atividades de resgate na segunda-feira (23). No entanto, logo nas primeiras horas da manhã do dia seguinte, as buscas foram retomadas com maior efetivo, culminando na localização do corpo próximo à faixa de areia de Calhetas.
A Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Pernambuco (OAB‑PE) acompanhou cada etapa das buscas com atenção, prestando apoio à família da vítima e mantendo comunicação contínua com os órgãos responsáveis. A entidade emitiu nota de pesar e destacou o comprometimento da jovem com a advocacia, lembrada por colegas como uma profissional dedicada e sensível às causas sociais. O corpo de Duda foi levado ao Instituto de Medicina Legal (IML), no Recife, para a realização dos exames periciais de praxe.
Enquanto familiares, amigos e a comunidade jurídica lidam com o luto, o desaparecimento do cão que acompanhava a advogada ainda é motivo de apreensão. Buscas informais continuam sendo feitas nas redondezas da costa, com a esperança de que o animal possa ter sobrevivido. A tragédia trouxe à tona discussões sobre a segurança da navegação recreativa na região, especialmente em áreas próximas a estruturas portuárias como o molhe de Suape, onde incidentes já foram registrados anteriormente.
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