O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), vetou integralmente o projeto de lei para criar o "Dia da Cegonha Reborn", com o intuito de homenagear o trabalho das artesãs que criam os bonecos hiper-realistas. Na manhã desta segunda-feira, 2, Paes publicou uma foto do veto em seu perfil do X (Twitter) e escreveu "Com todo respeito aos interessados mas não dá".
O projeto do "Dia da Cegonha Reborn" foi aprovado pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro em 8 de maio - diante da repercussão que os bonecos ganharam no País. Caso fosse sancionada a proposta, a data escolhida para a comemoração seria no dia 4 de setembro.
De acordo com o relator do projeto, vereador Vitor Hugo (MDB), a justificativa para a criação da data comemorativa é valorizar o trabalho das "cegonhas" - nome dado às artesãs que confeccionam os bonecos.
"O nascimento de um bebê é um momento singular na vida de uma mulher, e não é diferente para as mamães reborn, porém, os seus filhos são enviados por cegonhas, sendo esse o nome conferido às artesãs que customizam bonecas para se parecerem com bebês reais", diz o relator.
O texto de justificativa ressalta ainda a importância desses bonecos para pessoas que perderam um filho. "Tem sido utilizada em diversos países como forma de lembrança de um filho pequeno ou de um bebê que não sobreviveu, e ainda, tem contribuído para transformar os adultos colecionadores em mamães e papais, que passam a adotar essas experiências em suas vidas reais."
Este não é o único projeto de lei em tramitação no País abordando a febre dos bebês reborn. Outros - um nacional e outro paulistano - visam proibir o uso dos bonecos em serviços públicos de saúde ou para tentar tirar proveito de benefícios legais para crianças de colo.
Esse tipo de boneco pode custar entre R$ 750 e R$ 9,5 mil, a depender do material e da complexidade de produção.
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