terça-feira, 24 de junho de 2025

RODRIGO FARIAS VIRA ALVO E GANHA APELIDO DE O "INIMIGO DA IMPRENSA" APÓS AÇÃO CONTRA PUBLICIDADE DO GOVERNO

O deputado estadual Rodrigo Farias (PSB), atual vice-líder da oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), enfrenta uma onda crescente de críticas nos bastidores políticos e nos meios de comunicação, após vir à tona que a representação protocolada no Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE) contra a campanha publicitária do governo Raquel Lyra (PSD) foi assinada por um assessor direto de sua equipe. O advogado Pedro Queiroz Neves, nomeado em 3 de fevereiro de 2025 para o cargo de assessor da liderança da oposição, aparece como autor do pedido de suspensão da campanha institucional do Governo de Pernambuco, sob o argumento de que a mesma violaria princípios constitucionais, como o da impessoalidade. A nomeação de Pedro foi realizada por meio do Ato nº 2133/2025, publicado pela Mesa Diretora da Alepe, e representou uma substituição direta no gabinete da oposição, sob o comando político de Farias. A rapidez com que o TCE-PE recebeu e começou a analisar a representação levantou suspeitas sobre uma possível ação coordenada, algo que, para integrantes do governo estadual, evidencia uma tentativa deliberada de impedir a comunicação institucional do Executivo. O episódio teve forte repercussão nos corredores da Alepe, nos bastidores da política e nos meios de comunicação, onde Rodrigo Farias passou a ser chamado de “inimigo da comunicação”, numa referência direta à suposta orquestração do ataque à publicidade oficial. Comunicadores, veículos de imprensa e profissionais da mídia se colocaram publicamente contra a postura do deputado, apontando que a ação pode abrir um precedente perigoso de censura disfarçada ao direito do governo de informar suas ações à população. O caso ultrapassa os limites de uma atuação legítima da oposição, especialmente por envolver um servidor comissionado da Assembleia Legislativa, cuja atuação deveria estar vinculada a atividades legislativas, e não ao acionamento de órgãos de controle contra o Poder Executivo. A situação acirrou os ânimos entre o Palácio do Campo das Princesas e setores da oposição, num momento em que a governadora Raquel Lyra intensifica suas ações de mídia institucional como forma de dar visibilidade às políticas públicas de sua gestão. A iniciativa do assessor, mesmo que amparada em argumentos jurídicos, trouxe desconforto e dividiu opiniões dentro da própria Alepe, onde parlamentares ponderam sobre os limites éticos do uso de estruturas internas para mover peças com objetivos claramente políticos. O episódio levanta ainda dúvidas sobre a autonomia técnica dos órgãos de controle diante de interferências oriundas do tabuleiro político, reacendendo a discussão sobre a contaminação partidária de instrumentos que deveriam ser isentos. Em meio a esse cenário, Rodrigo Farias se vê no centro de uma polêmica que pode afetar não apenas sua imagem pública, mas também sua relação com setores importantes da imprensa, da publicidade e da comunicação institucional, áreas sensíveis para qualquer ator político que pretenda manter projeção pública e diálogo com a sociedade.

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