Sistema prisional de Pernambuco integra Projeto Mentes Literárias do CNJ
Pessoas privadas de liberdade (PPLs) do sistema prisional de Pernambuco participaram do Projeto Mentes Literárias, promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Como resultado dessa participação, foram lançados dois livros com textos produzidos por internos do Centro de Observação e Triagem Criminológica (Cotel) e do Presídio de Itaquitinga 1 (PIT 1). Os lançamentos ocorreram na quinta-feira (29.05), no PIT1, e na sexta-feira (30.05), no Cotel.
O projeto, coordenado pelo editor Alex Giostri, com o apoio da Gerência de Educação e Esportes da SEAP, é voltado à promoção da leitura e escrita como ferramentas de ressocialização e remição de pena. O livro “O Sistema Prisional e a Ausência de Vagas” foi produzido pelas PPLs do Cotel. Os internos do PIT1 trabalharam na obra “Deus e o Sistema Prisional”. Participaram do projeto em torno de 15 PPLs por unidade, com produção que durou 60 dias, resultando em 300 exemplares impressos. .
Durante o lançamento no Cotel, os detentos falaram sobre a produção do material e a experiência obtida com o trabalho, além de autografar as obras. Estiveram presentes ao lançamento o secretário de Administração Penitenciária e Ressocialização, Paulo Paes, o desembargador do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Mauro Alencar, o conselheiro Nacional de Justiça, José Edivaldo Rotondano, e demais autoridades do Poder Judiciário. No PIT 1 também houve a presença de autoridades do CNJ e do Poder Judiciário.
Para o secretário Paulo Paes, um projeto que envolve educação, cultura, livros, tem um papel muito importante dentro do sistema prisional. “Apesar dessas pessoas estarem reclusas, conseguem alcançar a liberdade através da literatura, especialmente, quando participam ativamente da produção como é o caso do Mentes Literárias”, destacou Paes.
“É um projeto que ocupa a mente do preso, da pessoa recolhida na unidade prisional, dá direito a uma remição de pena pelo tempo de leitura e, o mais importante, capacita essas pessoas para quando saírem das unidades prisionais, em sua liberdade, na busca de novas oportunidades, utilizarem o que aprenderam com o trabalho de leitura”, afirmou o desembargador Mauro Alencar.
Uma iniciativa do CNJ, o Mentes Literárias tem o apoio do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), da Secretaria da Administração Penitenciária de São Paulo (SAP), da editora Giostri e da empresa Socializa Brasil.
Fotos: Cotel – Amanda Claudino/SEAP
PIT 1 – Divulgação SEAP
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