quinta-feira, 31 de julho de 2025
EDUARDO BOLSONARO É DENUNCIADO AO MPF POR TÚLIO GADÊLHA POR IMPROBIDADE E ARTICULAÇÕES CONTRA O BRASIL NOS EUA
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) passou a ser alvo de uma representação formal junto ao Ministério Público Federal (MPF), protocolada nesta terça-feira (30) pelo também parlamentar Túlio Gadêlha (Rede-PE). A ação sustenta que Eduardo teria cometido possíveis atos de improbidade administrativa durante seu mandato, mesmo estando atualmente afastado da Câmara dos Deputados por um período de 120 dias sob a justificativa de “tratamento de saúde e interesses pessoais”. Durante esse período, Eduardo transferiu sua residência para os Estados Unidos, de onde, segundo a representação, continuou a atuar politicamente de forma considerada lesiva aos interesses do Estado brasileiro. Entre os atos citados na peça apresentada ao MPF estão articulações para sanções internacionais contra autoridades nacionais, com destaque para o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Além disso, Eduardo também teria promovido, junto a aliados norte-americanos, medidas que resultaram em sanções comerciais sobre produtos brasileiros, culminando com o anúncio feito pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em julho de 2025, sobre o aumento de tarifas de importação de diversos itens nacionais. O documento aponta que essas medidas impactaram diretamente setores estratégicos da economia, como o agronegócio, a indústria de base, a siderurgia e o comércio exterior. A representação sustenta que os danos econômicos são mensuráveis e já perceptíveis nos mercados. Outro ponto grave da denúncia é a acusação de possível uso de informações privilegiadas, com indícios de que Eduardo Bolsonaro teria utilizado ou repassado dados sigilosos para beneficiar movimentações no mercado financeiro. A suspeita levanta ainda a possibilidade de enriquecimento ilícito, seja diretamente pelo deputado ou por meio de terceiros ligados a ele. O pedido feito ao Ministério Público inclui a instauração de um inquérito civil público, com aprofundamento nas investigações sobre a origem dos recursos utilizados na mudança para os Estados Unidos e eventual uso de verba pública nessa operação. Também foi solicitada a análise de movimentações bancárias que possam indicar práticas financeiras atípicas. Caso os fatos sejam comprovados, a representação pede a responsabilização de Eduardo Bolsonaro com base na Lei de Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/1992), o que pode levar à perda de mandato e à suspensão de seus direitos políticos. A denúncia apresentada por Gadêlha corre em paralelo ao inquérito em curso no STF, no qual Eduardo já é investigado por tentativa de obstrução da Justiça e coação no curso de processo. A atuação internacional do deputado, mesmo durante o período de licença, vem sendo criticada por juristas e parlamentares, que alegam afronta à soberania nacional e aos princípios da administração pública.
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