quarta-feira, 30 de julho de 2025

EDUARDO BOLSONARO SABOTA O BRASIL E EXPÕE HIPOCRISIA DO DISCURSO PATRIÓTICO

A recente declaração do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), ao afirmar que trabalha para que senadores brasileiros “não encontrem diálogo” nos Estados Unidos, revela uma contradição explícita entre o discurso patriótico propagado pela direita bolsonarista e a prática política adotada por um de seus principais expoentes. Em meio às negociações diplomáticas que buscam reduzir os impactos do aumento de tarifas norte-americanas sobre o aço e o alumínio brasileiro, a fala do deputado surge como um balde de água fria nos esforços de proteção aos interesses econômicos nacionais. A missão parlamentar ao país norte-americano, composta por senadores de diferentes espectros ideológicos, foi articulada para evitar prejuízos bilionários à indústria nacional, especialmente à siderurgia e à metalurgia, que já enfrentam desafios internos. Ao dizer abertamente que atua para minar essas tratativas, Eduardo Bolsonaro parece adotar uma postura de boicote deliberado contra o próprio Brasil, apenas para confrontar adversários políticos ou desgastar o atual governo. A incoerência é gritante. Trata-se de alguém que construiu sua imagem política em cima do patriotismo, da defesa da soberania nacional e do enfrentamento a supostos interesses estrangeiros, mas que agora se posiciona justamente contra a tentativa de proteger o país de medidas econômicas externas prejudiciais. Em vez de alinhar-se à defesa do trabalhador brasileiro e da indústria nacional, o deputado prefere reforçar sua lealdade ideológica ao trumpismo e às disputas políticas internas. A frase “trabalho para que eles não encontrem diálogo” escancara não apenas o desprezo pelo esforço diplomático, mas também uma visão de política que prioriza o conflito à cooperação, mesmo que isso custe bilhões aos cofres nacionais e afete milhares de empregos. Ao agir assim, Eduardo Bolsonaro rompe com a racionalidade mínima exigida de um parlamentar que jura trabalhar em nome do povo. A atitude gerou perplexidade até mesmo entre aliados, pois enquanto o Brasil tenta buscar caminhos para evitar uma crise industrial ainda maior, um de seus representantes age como sabotador externo, agindo contra os interesses nacionais declaradamente e sem disfarces.

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