A energia contagiante da música popular brasileira tomou conta da Praça Mestre Dominguinhos na noite desta quarta-feira (23), durante mais uma celebração do 33º Festival de Inverno de Garanhuns (FIG). A última semana da programação do palco principal começou com uma mistura de ritmos, gerações e estilos que marcaram e continuam marcando a vida de milhares de pessoas pelo Brasil afora. No palco, quatro atrações de peso: a dupla Edu e Maraial, o forrozeiro Ávine Vinny, o ícone da lambada Beto Barbosa e a eterna diva do calypso Joelma.
A abertura da noite ficou por conta da dupla recifense Edu e Maraial, que já havia participado do FIG em edições anteriores, mas dessa vez voltou com mais força e reconhecimento. O cantor Edu Luppa não escondeu a emoção de voltar ao evento: “É um palco especial, cheio de história e de significado pra gente. A gente começou aqui como atração surpresa e hoje voltamos com o público cantando tudo com a gente. É gratificante demais”, disse, visivelmente emocionado. Com um repertório que transita entre o romântico e o animado, a dupla preparou o terreno para a sequência de shows que faria a praça vibrar.
Logo depois, o cantor cearense Ávine Vinny deu o tom da festa com seu forró moderno e acelerado. Dono de sucessos que explodiram nas redes sociais e nas rádios do Nordeste, ele conseguiu o feito de fazer a multidão cantar e dançar do início ao fim de sua apresentação. Com seu carisma e presença de palco, Ávine entregou um show energético, embalado por hits como “Coração Cachorro” e outros que misturam forró, sertanejo e batidas eletrônicas. O público, formado por jovens e famílias inteiras, respondeu com empolgação, transformando a praça em uma pista de dança.
A atmosfera de festa só aumentou quando o veterano Beto Barbosa, o eterno "Rei da Lambada", subiu ao palco com sua banda e seu inconfundível gingado. Mesmo com décadas de carreira, o artista mostrou que sua energia permanece intacta. A cada batida dos tambores e solos de guitarra caribenha, a Praça Mestre Dominguinhos se tornava uma verdadeira celebração tropical. “Preta”, “Adocica” e outras músicas que embalaram festas nos anos 80 e 90 foram entoadas em coro pelo público. Beto, sempre sorridente e agradecido, interagiu com os fãs e fez questão de dizer o quanto estava feliz por estar no Festival de Inverno de Garanhuns, evento que, segundo ele, “tem alma, tem povo e tem cultura de verdade”.
Mas a noite ainda guardava o momento mais esperado por muitos: a apresentação da estrela paraense Joelma. Ao som de gritos e aplausos, a cantora surgiu em um espetáculo cuidadosamente coreografado, com trocas de figurino, efeitos especiais, luzes vibrantes e sua tradicional performance explosiva. Joelma trouxe no repertório os grandes sucessos da época da Banda Calypso e da sua carreira solo, levando o público à loucura com músicas como “Voando pro Pará”, “A Lua Me Traiu” e “Dançando Calypso”. Um dos pontos altos do show foi quando ela chamou fãs ao palco para dançar com ela, criando um momento de pura emoção e proximidade. O carinho com o público era evidente, e a artista fez questão de agradecer o calor humano dos garanhuenses e turistas que lotaram a praça.
Com o tema “Tradição Viva, Cultura em Movimento”, o Festival de Inverno de Garanhuns segue reafirmando seu papel como um dos maiores eventos culturais do Brasil, oferecendo uma programação plural, democrática e recheada de nomes consagrados e talentos emergentes. A edição deste ano conta com o apoio e patrocínio da Prefeitura de Garanhuns, Governo de Pernambuco, Secretaria de Cultura, Fundarpe, Banco do Nordeste, Esportes da Sorte, além de empresas como O Boticário, Sesc e Sebrae. Tudo isso tem possibilitado noites memoráveis como a desta quarta-feira.
Para quem ainda pretende curtir o FIG, a programação da Praça Mestre Dominguinhos nesta quinta-feira (24) será marcada pelo som do reggae. A partir das 20h, sobem ao palco a banda Vibrações, Tribo da Periferia, Maneva e o lendário Edson Gomes. Toda a programação está sendo transmitida ao vivo pelo canal da Prefeitura de Garanhuns no YouTube, aproximando ainda mais quem não pode estar presencialmente, mas quer sentir a vibração do festival.
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