O marido da deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP), o coronel Aginaldo Oliveira, foi exonerado do cargo de secretário municipal de Segurança Pública de Caucaia, na região metropolitana de Fortaleza, no Ceará.
A exoneração foi publicada no Diário Oficial do Município na terça-feira (1°). O documento informa que a saída ocorreu a pedido do próprio Aginaldo.
O coronel da Polícia Militar do Ceará tinha se afastado do cargo para acompanhar Zambelli, que fugiu para a Itália. O pedido foi feito em 21 de maio. Ele alegou “motivo de doença de pessoa da família” para tirar licença até 29 de junho. As informações são da Folha de S. Paulo.
O prefeito de Caucaia, Naumi Amorim (PSD), falou sobre a saída de Aginaldo nas redes sociais. “Quero agradecer ao coronel pelos serviços prestados e pelo trabalho realizado à frente da nossa segurança. Reafirmo que seguimos firmes com o nosso compromisso de garantir mais segurança para toda a população da nossa Caucaia”, escreveu.
Zambelli fugiu do Brasil no fim de maio pela fronteira com a Argentina. Ela está na Itália e foi incluída na lista vermelha da Interpol. Com isso, a deputada licenciada pode ser presa a qualquer momento.
O embaixador do Brasil na Itália, Renato Mosca, afirmou ao UOL que a captura da deputada pode levar meses. “Ela se encontra foragida. Depois de quase três semanas, não se tem ainda nenhuma informação concreta da localização dela”, disse.
A polícia recebeu informações de que Zambelli e o marido estariam em Nápoles. Antes, ela teria alugado um apartamento em Roma.
A deputada federal revelou ter deixado o Brasil no início de junho. O comunicado se deu menos de um mês depois de ela ter sido condenada a dez anos de prisão pela Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) por invasão aos sistemas institucionais do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), com o auxílio do hacker Walter Delgatti.
Zambelli, já considerada importante aliada do bolsonarismo, já enfrentava na Justiça outros processos. Em janeiro, o TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral) decidiu cassar o seu mandato por desinformação eleitoral.
Dois meses depois, o STF formou maioria para condená-la a cinco anos de prisão em regime semiaberto por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal durante episódio em que a parlamentar ameaçou atirar em um homem, nos Jardins, na véspera do segundo turno das eleições de 2022
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