quarta-feira, 9 de julho de 2025

MEGAOPERAÇÃO INTERCEPT DESARTICULA QUADRILHA DE TRÁFICO, ARMAS E LAVAGEM DE DINHEIRO EM TRÊS ESTADOS DO NORDESTE

Megaoperação Intercept desarticula organização criminosa interestadual no Nordeste com foco em tráfico, armas e lavagem de dinheiro

Uma complexa e articulada operação da Polícia Civil de Pernambuco, deflagrada nas primeiras horas da manhã desta terça-feira (8), desmontou um esquema criminoso com ramificações nos estados da Bahia e do Rio Grande do Norte. Batizada de Intercept, a ofensiva é a 37ª Operação de Repressão Qualificada realizada este ano e teve como alvos integrantes de uma organização criminosa envolvida em tráfico de drogas, comércio ilegal de armas de fogo e lavagem de dinheiro. Ao todo, foram cumpridos 12 mandados de prisão e três de busca e apreensão, além do bloqueio judicial de ativos financeiros dos investigados, por determinação da 1ª Vara Criminal da Comarca de Caruaru, no Agreste de Pernambuco.

As investigações que resultaram na operação tiveram início em abril de 2024 e foram conduzidas pela 7ª Delegacia de Polícia de Repressão ao Narcotráfico (7ª DPRN), vinculada ao Departamento de Repressão ao Narcotráfico (Denarc). O inquérito é presidido pelo delegado José Eymard Coutinho e contou com o envolvimento direto da Diretoria de Inteligência da Polícia Civil de Pernambuco (Dintel), além de unidades especializadas como o Comando de Operações e Recursos Especiais (CORE/PCPE), a Secretaria de Administração Penitenciária de Pernambuco (SEAP-PE) e a Gerência de Inteligência e Segurança Orgânica (GISO).

As diligências aconteceram simultaneamente em municípios estratégicos que serviam como base de operação do grupo criminoso. Em Pernambuco, os alvos foram localizados em Caruaru e Canhotinho, no Agreste, além de Itaquitinga, na Zona da Mata Norte. Fora do estado, a operação também alcançou suspeitos em Salvador (BA) e Natal (RN), ampliando o alcance da ação policial e evidenciando a atuação interestadual da organização desmantelada.

No total, 75 policiais civis participaram diretamente da ação, entre delegados, agentes e escrivães, com o suporte das polícias civis dos três estados envolvidos. A articulação interestadual foi fundamental para o êxito da operação, uma vez que o grupo criminoso mantinha conexões em diferentes regiões para a logística de entorpecentes e armamentos, além de estratégias de ocultação e movimentação de recursos financeiros com o uso de laranjas e contas de fachada.

Segundo fontes envolvidas na investigação, a quadrilha atuava com alto grau de sofisticação, utilizando mecanismos de lavagem de dinheiro para escoar os lucros do tráfico e adquirir bens de forma dissimulada. A apreensão de documentos e materiais eletrônicos durante as buscas vai permitir o aprofundamento das investigações e pode revelar a extensão das atividades ilícitas, incluindo a identidade de financiadores, fornecedores e destinatários das drogas e armamentos comercializados.

As ordens de bloqueio de ativos financeiros visam impedir a continuidade da movimentação criminosa de recursos e garantir o rastreio do patrimônio acumulado ilegalmente pelo grupo. A análise dos dados bancários e fiscais dos investigados será conduzida em parceria com órgãos de inteligência financeira.

A Operação Intercept representa mais uma ação da Diretoria Integrada Especializada (DIRESP), braço estratégico da Polícia Civil voltado ao combate ao crime organizado e ao tráfico de drogas em escala regional. As próximas fases da investigação poderão resultar em novas prisões e, possivelmente, na descapitalização completa da quadrilha.

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