terça-feira, 1 de julho de 2025

MIGUEL E SILVIO ACELERAM O PASSO DE APROXIMAÇÃO NAS AGENDAS DE JOÃO

Quem madruga, Deus ajuda — e na política, quem se antecipa, conquista espaço. É essa a lógica que parece nortear os passos dos pré-candidatos ao Senado Miguel Coelho e Silvio Costa Filho, que, atentos ao ritmo do jogo político, decidiram deixar a cautela de lado e intensificar suas agendas ao lado do prefeito do Recife, João Campos (PSB). Ambos sabem que, antes de conquistar o eleitor, precisam garantir um lugar no palanque socialista — e superar nomes de peso que já aparecem bem posicionados nas pesquisas, como Humberto Costa, Eduardo da Fonte e Marília Arraes.

A aproximação com João não é novidade. Ainda no início de 2023, Miguel e Silvio apareceram ao lado do prefeito em uma praia do litoral sul, alimentando especulações sobre uma possível composição majoritária e recebendo dos bastidores do PSB o apelido de “chapa dos sonhos”. No entanto, com a chegada do segundo semestre de 2025, os gestos simbólicos deram lugar a movimentos mais concretos. Miguel Coelho, por exemplo, participou de uma agenda no Recife neste sábado, mesmo sob chuva forte, e correu — literalmente — para acompanhar o prefeito nas ruas.

Já Silvio Costa Filho, que até então mantinha certa discrição por estar à frente do Ministério de Portos e Aeroportos, resolveu deixar a timidez para trás. Neste fim de semana, ocupou espaços na imprensa, reafirmou sua disposição de disputar o Senado e antecipou o debate sobre 2026 ao afirmar em entrevista ao Jornal do Commercio que João Campos será o candidato do PSB ao Governo de Pernambuco. A fala foi interpretada como um gesto de lealdade e de aposta alta em uma aliança sólida.

Fontes do Congresso afirmam que essa movimentação acelerada tem motivo certo: as pesquisas divulgadas durante as festas juninas, que mostraram Humberto, Marília e Eduardo da Fonte à frente nas intenções de voto para o Senado. A leitura é que, diante do cenário competitivo e do prestígio crescente de João Campos, quem quiser protagonizar em 2026 precisa se consolidar já em 2025. Afinal, no xadrez eleitoral, não há espaço para indecisos — e, como diz outro velho ditado, cavalo selado não passa duas vezes.

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