segunda-feira, 14 de julho de 2025

MORTE DE JOVEM DURANTE BLITZ EM JABOATÃO GERA CONTESTAÇÃO E INVESTIGAÇÃO SOBRE AÇÃO POLICIAL

Na noite da última sexta-feira (11), uma abordagem da Polícia Militar de Pernambuco terminou com a morte de Lucas Brendo, de 29 anos, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife. O episódio ocorreu na movimentada Estrada da Batalha, no bairro de Prazeres, durante uma operação do Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran), e está sendo investigado pela Polícia Civil como “morte decorrente de intervenção de agente do Estado”. Segundo informações do boletim de ocorrência, o veículo onde Lucas estava com outros três homens teria desobedecido à ordem de parada emitida pelos policiais e tentado romper o bloqueio. A corporação afirma que os ocupantes reagiram atirando e que houve troca de tiros. Ainda conforme o relato oficial, durante a perseguição, o carro bateu em outro veículo estacionado, e dois homens fugiram, mas foram capturados. Lucas e outro passageiro, encontrados feridos no banco traseiro, foram socorridos à UPA da Imbiribeira. Lucas não resistiu aos ferimentos. O outro, baleado, segue internado no Hospital da Restauração sob custódia policial. Os outros dois ocupantes do carro foram detidos após atendimento médico e levados à delegacia. A Polícia Militar afirma ter encontrado duas armas de fogo, uma arma de gel e munições no interior do automóvel. No entanto, a versão apresentada pela PM é duramente contestada por familiares e amigos de Lucas, que utilizam as redes sociais para denunciar o que consideram mais um caso de violência policial. De acordo com os relatos, Lucas não portava arma e não teria participado de qualquer ação contra os policiais. A família sustenta que ele foi vítima de abordagem violenta, com o uso desproporcional da força por parte dos agentes. A situação tem mobilizado a Defensoria Pública e entidades de direitos humanos, que acompanham de perto os desdobramentos do caso e pressionam por uma apuração rigorosa. A Polícia Civil reforçou que os laudos periciais, os exames balísticos e os depoimentos dos envolvidos serão cruciais para entender a real dinâmica do confronto. Enquanto a investigação avança, cresce a cobrança por transparência e justiça, em um cenário onde o uso da força por agentes do Estado segue em pauta e acende debates sobre o protocolo adotado nas abordagens em comunidades urbanas de Pernambuco.

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