O novo partido ainda não tem nome oficialmente divulgado, mas Musk estaria em articulações avançadas com consultores políticos, advogados e estrategistas de campanha para viabilizar o projeto a tempo das eleições legislativas. O plano seria eleger uma bancada modesta, porém influente, com foco em distritos-chave, de modo a se tornar um bloco capaz de bloquear ou condicionar votações no Congresso. Essa movimentação ameaça diretamente a base de apoio republicana, que vem sofrendo sucessivos desgastes e divisões internas desde o início do novo mandato de Trump. Em pronunciamentos recentes, Musk tem se distanciado do discurso populista do presidente, defendendo uma plataforma que mistura tecnologia, liberdade econômica e uma agenda climática mais sofisticada, ainda que sem abdicar de pautas conservadoras.
A resposta da Casa Branca foi rápida e contundente. Scott Bessent, atual secretário do Tesouro e figura central no governo Trump, afirmou em entrevista que Musk deveria “se ater aos seus foguetes” e “ficar longe da política”. Bessent também citou pesquisas internas que mostram alta aprovação do presidente entre os eleitores de classe média e trabalhadores da indústria, em contraste com os baixos índices de popularidade de Musk fora do Vale do Silício. Segundo analistas, a ofensiva verbal visa neutralizar a imagem de liderança independente que o bilionário tenta projetar, associando-o a uma elite desconectada dos problemas reais do cidadão comum. Ainda assim, aliados de Musk garantem que ele está decidido a investir pesado na nova empreitada e que sua entrada no jogo político será “disruptiva”, assim como sua trajetória nos negócios.
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