sexta-feira, 4 de julho de 2025

PREFEITA DO CEDRO É ACUSADA DE INVASÃO DE DOMICÍLIO

Um boletim de ocorrência registrado nesta sexta-feira (4) na Delegacia de Polícia Civil do Sertão do Araripe acusa a prefeita do município de Cedro, Maria Riva Bezerra Rodrigues, de ter invadido, sem qualquer respaldo judicial, a residência do agricultor Fábio Paulo da Silva. De acordo com o relato formalizado pela vítima, a gestora municipal teria adentrado a casa, situada na Rua João Rufino, no Centro da cidade, acompanhada de aliados políticos. Durante a ação, foram feitas filmagens no interior do imóvel, e os vídeos teriam sido divulgados posteriormente nas redes sociais oficiais da prefeita, com a finalidade de denunciar supostas irregularidades sanitárias, relacionadas a uma possível ligação clandestina de esgoto.

Fábio contou à polícia que não estava na cidade no momento do ocorrido e que tomou conhecimento da situação por meio de uma ligação telefônica de familiares, que relataram a movimentação incomum no local. Ao retornar, constatou que a porta de sua casa havia sido forçada e que objetos pessoais haviam sido filmados sem sua autorização. Em seu depoimento, o agricultor declarou nunca ter sido notificado oficialmente pela Prefeitura de Cedro sobre qualquer irregularidade ou chamado a prestar esclarecimentos. Ele afirmou que se sentiu profundamente constrangido e desrespeitado com a atitude da chefe do Executivo municipal, a quem acusa de utilizar o episódio para fins políticos.

A denúncia formal foi acompanhada de imagens e capturas de tela das postagens nas redes sociais da prefeita, que teriam sido feitas logo após a visita ao imóvel. Para Fábio, a ação teve caráter de exposição pública, sem qualquer garantia legal ou direito à defesa prévia. Ainda segundo o agricultor, em nenhum momento houve apresentação de mandado judicial ou presença de autoridade competente que pudesse justificar a entrada forçada na residência. “Me senti prejudicado, invadido, desmoralizado. Uma autoridade pública deveria agir com responsabilidade e dentro da lei”, afirmou à polícia. O caso segue sob investigação, e até o momento, a Prefeitura não se pronunciou oficialmente sobre as acusações.

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