sábado, 19 de julho de 2025

RAQUEL DIZ QUE SAFRA PERNAMBUCANA SERÁ EXPORTADA EM AGOSTO MESMO COM TARIFAÇO DE TRUMP

A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSD), reforçou o compromisso do Estado com a manutenção das exportações da safra agrícola, mesmo diante das novas barreiras comerciais impostas pelos Estados Unidos. Durante solenidade realizada no Palácio do Campo das Princesas, no Recife, onde entregou viaturas e equipamentos às forças de segurança pública, a chefe do Executivo estadual destacou que o governo está mobilizado para mitigar os impactos das tarifas de 50% recentemente anunciadas pelo presidente americano Donald Trump sobre produtos agrícolas e da indústria sucroalcooleira brasileira.

Segundo a governadora, a reação de Pernambuco foi rápida e estratégica. Um grupo de trabalho específico foi criado para acompanhar de perto o tema, reunindo representantes do setor canavieiro, da fruticultura, da área de comércio exterior e técnicos do governo estadual. Raquel Lyra enfatizou que a articulação entre os diversos setores tem como principal meta garantir que as exportações continuem fluindo, mesmo diante das novas restrições impostas pelo governo americano.

Pernambuco ocupa atualmente posição de destaque no cenário nacional como o maior exportador de frutas do Brasil, com destaque para uvas, mangas e outras frutas tropicais produzidas no Vale do São Francisco. Além disso, a indústria sucroalcooleira do Estado tem relevância estratégica para a economia local, movimentando cadeias produtivas ligadas à cana-de-açúcar, etanol e açúcar refinado. Com a aproximação da nova safra, prevista para agosto, o governo pernambucano busca assegurar que os contratos de exportação sejam cumpridos, evitando perdas econômicas e prejuízos para os produtores locais.

A governadora evitou adotar um discurso alarmista e optou por enfatizar a resiliência do setor produtivo pernambucano. “Não vamos falar de prejuízo, vamos falar de futuro”, disse Raquel Lyra, ao reafirmar a confiança na superação dos obstáculos comerciais por meio da organização e da força das cadeias produtivas do Estado. Ela também pontuou que o trabalho junto ao governo federal será fundamental, e que Pernambuco está em constante diálogo com o Ministério da Agricultura e com o Itamaraty para encontrar soluções diplomáticas e comerciais que amenizem os efeitos das tarifas.

Nos bastidores, empresários do setor de frutas já demonstram preocupação com o aumento de custos logísticos e a possibilidade de desvantagem competitiva frente a países que mantêm acordos bilaterais mais favoráveis com os Estados Unidos. Apesar disso, o clima nas reuniões conduzidas pelo governo estadual é de cautela ativa, apostando em rotas alternativas, abertura de novos mercados e, sobretudo, no fortalecimento da qualidade dos produtos pernambucanos como diferencial de competitividade.

A estratégia do Estado, segundo fontes próximas à governadora, inclui ainda articulações com a iniciativa privada e o reforço de parcerias com centros de pesquisa e inovação agrícola, no intuito de diversificar as possibilidades de escoamento da produção e reduzir a dependência do mercado norte-americano. A expectativa do setor é que, com planejamento, diálogo institucional e foco na excelência produtiva, Pernambuco mantenha sua liderança nas exportações, enfrentando o desafio imposto pelo protecionismo de Washington sem retrocessos.

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