Na noite da terça-feira, 8 de julho, por volta das 22h, a esperança parecia finalmente surgir com a notícia de uma vaga disponível em um hospital localizado em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife. A equipe médica já havia providenciado uma ambulância e os preparativos para o deslocamento estavam prontos. No entanto, de forma inesperada e frustrante para os pais, a transferência foi cancelada poucos minutos antes da saída. De acordo com relatos dos familiares, a unidade receptora informou, de última hora, que não possuía condições para receber o recém-nascido. A decisão pegou todos de surpresa e, mais uma vez, jogou a família no limbo da incerteza, enquanto o bebê segue dependente de cuidados intensivos sem ter acesso aos recursos médicos adequados. A situação escancara as fragilidades da rede estadual de saúde no atendimento neonatal de alta complexidade, especialmente para pacientes do interior.
A reportagem tentou contato com a direção do Hospital Regional Dom Moura para entender os esforços adotados na busca por uma vaga adequada, bem como com a Secretaria Estadual de Saúde (SES) para obter esclarecimentos sobre a gestão das transferências e critérios de regulação de leitos, mas não obteve retorno até o fechamento deste texto. Enquanto isso, Joaquim permanece lutando por sua vida em um leito improvisado, em um ambiente que não oferece suporte intensivo, dependendo da mobilização institucional para uma transferência que nunca chega. A espera prolongada levanta questionamentos sobre a efetividade do sistema de regulação estadual e sobre a capacidade de resposta às emergências neonatais, especialmente quando vidas tão frágeis estão em jogo.
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