Em entrevista ao Blog do Edmar Lyra, o presidente nacional do União Brasil, Antonio Rueda, confirmou com todas as letras o que já era especulado nos bastidores da política pernambucana: Miguel Coelho será o nome do partido para disputar o Senado Federal em 2026. A declaração, feita de forma enfática, sinaliza que a legenda não apenas aposta alto no ex-prefeito de Petrolina, mas também o coloca como peça-chave em uma estratégia nacional, consolidando sua pré-candidatura como prioridade absoluta da sigla. “Essa é a vez de Miguel, o partido não abre mão deste projeto”, afirmou Rueda, em tom categórico. Segundo o dirigente, o apoio da executiva nacional será total, uma demonstração de que Miguel contará com estrutura e respaldo político na disputa por uma das vagas de Pernambuco no Senado.
O dirigente ainda revelou que a postulação de Miguel tem o endosso de algumas das principais lideranças do União Brasil no país, entre elas o senador Davi Alcolumbre e o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto. Ambos são figuras influentes nas articulações nacionais da legenda e o apoio deles é visto como uma chancela estratégica para consolidar Miguel entre os favoritos. Além do apoio interno, a direção do União trabalha para integrar a federação partidária que deve se formar em torno do PSB de João Campos, atual prefeito do Recife, e provável candidato ao Governo de Pernambuco em 2026. Rueda chegou a classificar Campos como “favoritíssimo” na disputa, reforçando os sinais de uma aliança política entre os dois projetos.
Nos bastidores, essa aproximação é vista como um movimento pragmático de composição entre forças que, embora distintas em alguns pontos ideológicos, têm objetivos convergentes no cenário estadual. Miguel Coelho, que já concorreu ao Governo do Estado em 2022, segue ampliando sua presença e influência política, especialmente no interior, onde mantém forte base eleitoral, sobretudo no Sertão. O novo projeto, porém, será menos regional e mais estadualizado, mirando o eleitorado de forma ampla e buscando se apresentar como uma alternativa consistente para o Senado.
Rueda também fez questão de destacar a solidez da candidatura, afirmando que não há qualquer margem para hesitação dentro do União Brasil. Para ele, Miguel é um dos quadros mais preparados da sigla em todo o Brasil, e representa renovação com experiência. A sinalização de que o partido não apoiará uma tentativa de reeleição da governadora Raquel Lyra (PSD) foi clara, e reforça o afastamento entre as lideranças do União e o atual governo estadual. O presidente da legenda avalia que a gestora não conseguirá se recuperar politicamente a tempo de disputar com competitividade o próximo pleito.
A afirmação de que o União Brasil irá se integrar ao projeto de João Campos também revela um redesenho de forças em Pernambuco, com a construção de uma frente ampla, envolvendo centro-direita e setores do campo progressista, em torno de um mesmo palanque. Essa federação, que ainda está em fase de tratativas, deve reunir PSB, União Brasil e outros partidos médios, compondo uma base forte tanto para o Executivo estadual quanto para o Senado. Miguel, dentro desse tabuleiro, surge como peça essencial para garantir votos e interlocução com segmentos do eleitorado que tradicionalmente se alinham à centro-direita.
Com a confirmação de sua pré-candidatura, Miguel Coelho entra de vez no radar das grandes disputas nacionais. O apoio da cúpula do União e a possível composição com Campos reposicionam sua trajetória, agora mirando um espaço no Congresso com maior protagonismo. Ainda que o cenário de 2026 esteja distante, as articulações já começaram, e Miguel aparece cada vez mais como nome central no projeto político que pretende reorganizar o mapa de forças no estado.
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