sábado, 5 de julho de 2025

WOLNEY DIZ QUE PDT NÃO TEM DEFINIÇÃO PARA 2026

A declaração do ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, durante entrevista recente, chamou atenção pelo tom direto e pela leitura estratégica que faz do futuro cenário político de Pernambuco. Ao analisar a possível disputa em 2026 entre a governadora Raquel Lyra, do PSD, e o prefeito do Recife, João Campos, do PSB, Wolney destacou um dado simbólico: pela primeira vez, um dos dois líderes, ambos em ascensão e até aqui invictos em seus embates eleitorais, receberá o “carimbo da derrota”.

A fala do ministro, que também é uma das principais lideranças do PDT em nível estadual e nacional, revela muito mais do que uma simples constatação. Ela aponta para o cenário de alta competitividade que se desenha na eleição majoritária de 2026 em Pernambuco, caso esse confronto venha a se confirmar. Raquel e João despontam como figuras centrais em seus campos políticos e carregam consigo não apenas mandatos bem avaliados, mas também projetos nacionais — ela com proximidade da terceira via e ele com raízes sólidas no campo lulista.

Embora o PDT ocupe espaços importantes na estrutura da Prefeitura do Recife, sob o comando de João Campos, Wolney deixou claro que a definição da posição do partido para 2026 não passará exclusivamente pelo cenário local. Segundo ele, caberá à executiva nacional da legenda definir a aliança a ser construída em Pernambuco. Essa sinalização joga luz sobre possíveis realinhamentos partidários e até mudanças de posição dentro do próprio campo progressista.

A análise de Wolney também traz implícita uma avaliação sobre o desgaste e a pressão que os dois principais nomes da política estadual poderão enfrentar ao se confrontarem em um embate direto. Ambos têm carreiras construídas em cima de vitórias eleitorais sucessivas e ocupam espaços centrais no debate público do estado. A eventual derrota de um deles não será apenas um revés político, mas uma redefinição de forças e de liderança no cenário local — e com reflexos nacionais.

Com experiência parlamentar e atualmente como ministro de Lula, Wolney tem acesso privilegiado aos bastidores da política em Brasília e em Pernambuco. Sua declaração, portanto, carrega não apenas o olhar de um ator estadual, mas de alguém atento ao jogo de xadrez mais amplo envolvendo alianças, disputas e apoios estratégicos. Nesse tabuleiro, o PDT pode funcionar como peça-chave, seja como aliado de um dos polos ou como alternativa independente.

Por ora, a colocação do ministro serve como alerta para as duas lideranças estaduais. Ao mesmo tempo que projeta um confronto de gigantes, ela antecipa o impacto simbólico que essa batalha terá sobre a trajetória de Raquel Lyra e João Campos. Afinal, ambos têm como marca até aqui a invencibilidade — e, como lembrou Wolney, o carimbo da derrota, quando chegar, deixará marcas profundas.

Nenhum comentário: