APAGÃO DE GESTÃO EM PAULISTA: RAMOS DECEPCIONA E FORTALECE JÚNIOR MATUTO
Uma cidade à deriva, um prefeito no alvo da opinião pública e um ex-prefeito que volta a ganhar protagonismo político.
GESTÃO RAMOS: UMA PROMESSA QUE VIROU FRUSTRAÇÃO
Após vencer a eleição com discurso de renovação, o prefeito de Paulista, Severino Ramos (PSD), se isolou, afastou aliados estratégicos e abandonou o protagonismo político. O que era para ser uma virada de página se tornou uma continuação do caos administrativo deixado pelas últimas gestões. Sem articulação política, Ramos permitiu que a cidade caísse em um estado de letargia, onde o dia a dia da gestão parece comandado por figuras paralelas ao poder. Vamos dar uma passada aqui NA LUPA de hoje
DENÚNCIA GRAVE: VERBA DA SAÚDE SOB SUSPEITA
A bomba da semana partiu do deputado estadual Júnior Matuto (PSB), que acionou o Ministério Público de Pernambuco contra Ramos. A denúncia envolve a contratação, sem licitação, da empresa da médica pessoal do prefeito, a Dra. Andréa Lopes. Segundo Matuto, a empresa A L Pontes de Souza recebeu R$ 720 mil para prestar consultoria oncológica em Paulista — serviço que não teria sido realizado. A gravidade do caso está no suposto uso indevido de verba pública para benefício pessoal.
O PREFEITO RECLUSO E OS “PRIMEIROS-MINISTROS”
Fontes internas da política local relatam que Severino Ramos praticamente não aparece. Segundo um vereador da base, que prefere o anonimato, “a cidade é governada por primeiros-ministros que mandam e desmandam enquanto Ramos se esconde em um sítio na zona rural”. A ausência do gestor reforça a percepção de que a cidade está sem comando. Secretários e assessores atuam como se fossem prefeitos paralelos, o que provoca uma disputa por espaço e desorganiza ainda mais a gestão.
VICE-PREFEITO ISOLADO: ROMPIMENTO À VISTA?
Outro sinal claro do colapso político da atual gestão é o distanciamento entre Ramos e o vice-prefeito Felipe do Veneza. Antes aliado de primeira hora, Felipe hoje é mantido à margem das decisões. O silêncio do vice é eloquente e já é visto como indicativo de rompimento. Sem diálogo interno, a prefeitura se transformou num campo de vaidades, onde ninguém sabe ao certo quem manda.
UM TERCEIRO ROUND DO CAOS ADMINISTRATIVO
Para o cidadão comum, a atual gestão é uma reprise de um filme já assistido — e rejeitado. Depois da desastrosa gestão de Yves Ribeiro (PT), que deixou Paulista mergulhada em denúncias e paralisia, esperava-se que Ramos representasse a mudança. No entanto, o sentimento nas ruas é de que nada mudou. A saúde continua precária, a educação sofre com falta de estrutura, e os programas sociais estão estagnados. E diga-se de passagem que Yves Ribeiro moveu o céu e a terra para eleger Ramos.
SÉRGIO LEITE ESCANTEADO: FIDELIDADE SEM RETORNO
Um dos apoiadores de peso na eleição de Ramos, o ex-deputado estadual Sérgio Leite, também ficou à margem. Mesmo tendo sido contemporâneo de Ramos na Assembleia Legislativa e apostado alto na eleição municipal, Leite não obteve espaço de relevância na atual administração. Sua ausência no núcleo duro do governo é vista como mais um sintoma da gestão sem articulação e sem rumo.
JÚNIOR MATUTO REAPARECE COM FOCO E ALVO DEFINIDO
Júnior Matuto, ex-prefeito e atual deputado estadual, reaparece como protagonista. Seu estilo combativo, somado ao desgaste de Ramos, o reposiciona no cenário político de Paulista. Com trânsito em várias esferas e domínio da narrativa popular, Matuto acerta o tom ao se posicionar como fiscalizador das falhas da atual gestão. Seus movimentos indicam que poderá disputar novamente o comando da cidade em 2028.
PAULISTA ENTRE A ESPERANÇA E O DESGOVERNO
A cidade que sonhou com dias melhores agora vive um pesadelo administrativo. O sentimento de abandono é geral, e a frustração se espalha entre os eleitores que apostaram na mudança. Com o MPPE e a Justiça em ação, a gestão de Severino Ramos está sob pressão. Se nada mudar, a tendência é que a oposição — personificada em Júnior Matuto — volte a ganhar força e capitalize o descontentamento popular. Enquanto isso, Paulista segue entregue ao improviso.
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