O diretor e cinco policiais penais da Penitenciária Dr. Edvaldo Gomes, localizada em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, alvos de operação na semana passada, agora estão na mira da Corregedoria da Secretaria de Defesa Social (SDS). Afastados das funções públicas por ordem judicial, por suspeita de participação num esquema de corrupção e lavagem de dinheiro, eles também podem ser demitidos.
Como revelou o Jornal do Commercio, o diretor da unidade prisional, Alessandro Barbosa Martins de Souza, além dos policiais penais Ronildo Barbosa dos Santos, Ricardo Borges da Silva, Vinícius Diego Souza Colares, Rivelino Rufino de Carvalho e Cledson Gonçalves de Oliveira, foram os principais alvos da Operação Publicanos, deflagrada na última terça-feira (19).
Mandados de busca e apreensão foram cumpridos na penitenciária e nas casas dos suspeitos. Em um dos imóveis, uma grande quantidade de armas de fogo também foi encontrada e encaminhada para perícia no Recife.
A operação, resultado de investigação da Delegacia de Crimes Contra a Ordem Tributária e do Grupo de Operações Especiais (GOE), mira uma organização criminosa voltada à prática de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e introdução de aparelho telefônico de comunicação móvel em presídio. Esquema bem semelhante ao descoberto no Presídio de Igarassu, no Grande Recife, no começo do ano.
O inquérito sobre a corrupção na penitenciária está correndo sob sigilo. A Primeira Vara Criminal da Comarca de Petrolina determinou o afastamento das funções de todos os servidores investigados.
Em paralelo, portaria da Corregedoria da SDS, publicada neste sábado (23), instaurou um processo administrativo disciplinar (PAD) em desfavor do diretor e dos cinco policiais penais investigados. Não há prazo para conclusão, mas ao final a punição pode resultar na demissão deles.
Em nota à imprensa, na terça-feira, a assessoria da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) declarou apenas que "não compactua com quaisquer atos ilícitos dentro do sistema prisional de Pernambuco". E disse que "segue à disposição e colaborando com todas as investigações policiais".
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