Uma reviravolta política no cenário estadual coloca em xeque a presidência da CPI atualmente ocupada pelo deputado Diogo Moraes. Na última quinta-feira, 21 de agosto de 2025, o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), por meio do juiz Fernando Raposo, concedeu liminar favorável à deputada estadual Débora Almeida, que havia sido destituída da liderança do PSDB. A decisão do magistrado anulou os efeitos da reunião da executiva estadual que retirou Débora Almeida da liderança do partido e, consequentemente, da indicação para compor a CPI, colocando em dúvida todos os atos subsequentes, incluindo a eleição de Diogo Moraes para a presidência da comissão.
A situação se agrava diante do descumprimento, por parte de Diogo Moraes, de prazos regimentais estabelecidos para a tramitação e formalização de atos na CPI. Esse atraso fortalece a tendência de que a decisão judicial se mantenha e abre espaço para que Débora Almeida reassuma a liderança do partido, garantindo maior controle sobre a indicação à presidência da comissão. A manutenção da deputada na posição representaria uma mudança significativa na dinâmica da CPI, com possíveis alterações na condução dos trabalhos e na definição das pautas prioritárias da comissão.
O PSDB, através do deputado Álvaro Porto, anunciou que recorrerá da liminar concedida pelo TJPE, buscando assegurar a permanência de Diogo Moraes na presidência da CPI. Caso o recurso seja acolhido, a configuração atual da comissão se manterá, mas, se a decisão for ratificada, Diogo Moraes poderá perder o comando da CPI, trazendo impactos substanciais sobre os trabalhos e sobre a distribuição de poder entre as lideranças partidárias.
O episódio evidencia a tensão interna do PSDB, marcada por disputas de liderança e influência política, e ressalta como decisões judiciais podem alterar a composição de órgãos parlamentares estratégicos. A possível substituição da presidência da CPI reacende debates sobre a condução das investigações e sobre o equilíbrio político dentro da comissão, mostrando que atrasos regimentais e manobras internas podem pesar decisivamente no resultado final.
A atenção agora se volta para o desfecho do recurso que será apresentado pelo PSDB, assim como para a atuação da deputada Débora Almeida, cujo retorno à liderança do partido pode redefinir a atuação da CPI e alterar de maneira abrupta o equilíbrio político dentro da comissão, consolidando uma tendência que aponta para a perda do cargo por Diogo Moraes caso os prazos regimentais não sejam regularizados.
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