O ex-atleta de basquete Igor Eduardo Pereira Cabral, de 29 anos, está cumprindo prisão preventiva após ser acusado de agredir violentamente a namorada com mais de 60 socos, um caso que chocou a sociedade e ganhou ampla repercussão nas redes sociais e na imprensa. Inicialmente detido no Centro de Recebimento e Triagem (CRT), localizado em Parnamirim, que funciona como a porta de entrada do sistema penitenciário do Rio Grande do Norte, Igor foi transferido recentemente para a Cadeia Pública Dinorá Sinas, em Ceará-Mirim, na Região Metropolitana de Natal. A transferência foi confirmada pela Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (Seap), que esclareceu detalhes sobre o procedimento e as condições em que o detento está sendo mantido. Segundo a Seap, a movimentação levou em conta critérios rigorosos que avaliam o perfil do preso, a segurança do sistema prisional, além da necessidade de manter a ordem e a disciplina dentro das unidades. Igor foi alocado em uma ala considerada adequada para garantir a sua integridade física, preservando o ambiente tanto para ele quanto para os demais custodiados da unidade. Embora o preso esteja sozinho em uma cela, a secretaria enfatizou que ele não está em cela individual, já que a Cadeia Pública de Ceará-Mirim não dispõe de celas individuais. A defesa do ex-atleta apresentou um pedido formal à Justiça solicitando o isolamento dele, alegando que o acusado corre risco de vida e integridade física dentro do sistema prisional. Segundo os advogados, Igor teria recebido ameaças por parte de uma facção criminosa local, motivadas pela repercussão do caso. O pedido de isolamento visa, portanto, resguardar a vida do detento em meio à delicada situação em que se encontra. O crime que levou à prisão do ex-jogador é grave: ele é acusado de tentativa de feminicídio, por conta da violência extrema sofrida pela companheira, que foi agredida com dezenas de socos, configurando uma situação de violência doméstica com alta crueldade. O episódio trouxe à tona questões sobre a violência contra a mulher, um problema estrutural que o Brasil enfrenta e que, apesar de avanços legais, ainda registra números alarmantes de agressões. O caso de Igor Cabral, por sua notoriedade pública como atleta, gerou grande comoção e debate em redes sociais e nos meios de comunicação, impulsionando discussões sobre a necessidade de proteção às vítimas e rigor no tratamento judicial dos agressores. A Secretaria de Administração Penitenciária reforça que todas as decisões sobre a alocação dos presos buscam preservar a segurança de todos, equilibrando as demandas operacionais do sistema prisional com as garantias individuais. A transferência de Igor da unidade de Parnamirim para Ceará-Mirim também visa a um melhor controle do caso, considerando a repercussão e os riscos que podem advir de sua permanência em determinadas áreas do sistema. Enquanto isso, o processo judicial segue seu curso, com a defesa atenta às condições em que o ex-atleta está sendo mantido e buscando garantir seus direitos básicos diante do processo criminal. O episódio permanece sob acompanhamento pelas autoridades e está sendo monitorado para evitar qualquer desdobramento que possa comprometer a segurança do custodiado ou de terceiros. A gravidade do crime e o impacto social envolvido reforçam a necessidade de um sistema prisional que assegure a ordem, a disciplina e a integridade de todos, mesmo em casos de grande repercussão e tensão.
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