sábado, 30 de agosto de 2025

HUMBERTO COSTA SE REAPROXIMA DE MIGUEL COELHO E SIMÃO DURANDO EM PETROLINA, EM MOVIMENTO QUE PODE REDESENHAR A POLÍTICA DE 2026


Durante agenda em Petrolina, o senador Humberto Costa (PT) protagonizou um encontro que chamou atenção nos bastidores da política pernambucana. Ao lado do prefeito da cidade, Simão Durando (UB), e do ex-prefeito Miguel Coelho (UB), pré-candidato ao Senado em 2026, o petista sinalizou abertura para uma reaproximação que pode ter reflexos diretos no cenário eleitoral do próximo ano.

O gesto ganha força diante das trocas de críticas ocorridas entre Humberto e Miguel no início deste ano. Por meio da imprensa, ambos chegaram
a lançar indiretas que reforçaram a distância política entre os dois campos. Mais recentemente, o deputado Carlos Veras (PT) chegou a cobrar que Miguel conquistasse a confiança da esquerda, destacando o histórico de alianças do grupo Coelho com o bolsonarismo.

Apesar disso, a conjuntura para 2026 pode colocar Humberto e Miguel no mesmo palanque. O alinhamento em torno de uma eventual candidatura de João Campos (PSB) ao Governo de Pernambuco tem potencial para unir setores historicamente adversários, consolidando uma frente ampla que incluiria desde o PT até figuras ligadas à União Brasil.

O histórico entre os dois líderes mostra um movimento cíclico de aproximações e afastamentos. Em 2010, os grupos marcharam juntos na reeleição de Eduardo Campos e na eleição de Humberto para o Senado. Já em 2014, se separaram: o PT foi com Armando Monteiro, enquanto o grupo Coelho apoiou Paulo Câmara. Em 2018, a situação se inverteu, e em 2022 Miguel disputou o governo contra o candidato petista Danilo Cabral, mas acabou apoiando Raquel Lyra no segundo turno.

Agora, o cenário eleitoral de 2026, com duas vagas no Senado em disputa, pode reabrir espaço para a convergência. A união de Humberto Costa e Miguel Coelho poderia fortalecer a candidatura de João Campos ao Palácio do Campo das Princesas, ampliando o arco de alianças do PSB e criando um palanque robusto no interior.

Para Petrolina, esse reencontro é simbólico. Representa a possibilidade de a maior cidade do Sertão tornar-se palco de uma reconfiguração política estadual, onde antigos adversários se unem em nome de um projeto maior. Caso a aliança se concretize, a cena registrada nesta semana poderá ser lembrada como o ponto de partida de um novo ciclo político em Pernambuco.

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