Um trágico acidente foi registrado na noite deste domingo (24) na BR-424, em Caetés, no Agreste de Pernambuco, e resultou na morte do motorista de transporte alternativo José Ailton Alves, de 62 anos. A vítima conduzia uma van de passageiros que fazia a linha entre Garanhuns e Caetés quando foi surpreendida por uma picape Fiat Strada que invadiu a contramão e provocou a colisão. O impacto foi tão forte que José Ailton foi arremessado para fora do veículo e não resistiu aos ferimentos, morrendo ainda no local antes mesmo da chegada do socorro. O motorista da picape, em atitude covarde, fugiu da cena do acidente sem prestar assistência, deixando a vítima e os passageiros em desespero.
José Ailton era bastante conhecido na região pela sua rotina diária de transporte, atendendo moradores, trabalhadores e estudantes que dependiam de sua van para deslocamentos entre as duas cidades. Nas redes sociais, a notícia de sua morte repercutiu com grande pesar, e muitos amigos e passageiros lembraram sua dedicação, responsabilidade e simpatia no atendimento à comunidade. O clima de comoção tomou conta da cidade de Caetés, onde ele residia, e também em Garanhuns, que convivia diariamente com sua presença.
Equipes da Polícia Rodoviária Federal foram acionadas e realizaram o controle do trânsito no trecho da rodovia, que ficou parcialmente interditado até a retirada dos veículos. Peritos do Instituto de Criminalística coletaram evidências no local para auxiliar nas investigações, enquanto a Polícia Civil registrou a ocorrência e abriu inquérito para identificar o condutor da picape. O corpo de José Ailton foi recolhido e encaminhado ao Instituto de Medicina Legal de Caruaru, onde passará por exames necroscópicos.
A Delegacia de Caetés assumiu o caso e já trabalha para localizar o motorista fugitivo, que responderá pelo crime de homicídio culposo na direção de veículo, agravado pela omissão de socorro. O acidente reacende o alerta sobre a imprudência no trânsito da BR-424, trecho conhecido por registrar colisões graves, muitas vezes provocadas por excesso de velocidade e invasões de faixa. Moradores da região relatam que a via carece de maior fiscalização e reforço de sinalização para coibir acidentes como o que vitimou o trabalhador.
A perda de José Ailton deixa um vazio entre familiares, amigos e passageiros que diariamente compartilhavam da sua rotina, transformando a tragédia em um episódio marcado pela indignação contra a irresponsabilidade no trânsito e pela dor de uma comunidade que se despede de um homem querido e trabalhador.
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