O presidente estadual do PSB, Sileno Guedes, ao comentar o cenário, reforçou que a Justiça deve ser respeitada e que a decisão precisa ser cumprida, mesmo diante das insatisfações que surgem entre governistas e oposicionistas. A declaração foi interpretada como uma tentativa de reafirmar a posição de seu partido no comando das articulações, destacando que o Judiciário trouxe de volta ao tabuleiro uma configuração que interessa diretamente à oposição. O embate não é apenas jurídico, mas também político, já que a CPI da Publicidade vem sendo apontada como uma das frentes mais delicadas da atual legislatura.
Deputados do campo oposicionista consideram que a comissão pode revelar inconsistências em contratos milionários de comunicação do governo estadual, enquanto governistas acusam os adversários de utilizar a CPI como instrumento de pressão e desgaste da gestão da governadora Raquel Lyra. A reunião desta segunda-feira, portanto, é considerada estratégica para definir se a oposição vai avançar com uma agenda mais agressiva de apurações ou se optará por esperar novos desdobramentos judiciais antes de agir. A incerteza quanto à decisão que ainda deve sair sobre o MDB deixa o ambiente carregado de expectativas, pois a definição pode alterar o número de cadeiras disponíveis para cada grupo na comissão.
Nos bastidores, parlamentares admitem que o momento exige cautela, mas também firmeza política. O clima é de apreensão, já que qualquer mudança no arranjo pode significar vitória ou derrota imediata na condução da CPI. A segunda-feira promete ser movimentada nos corredores da Alepe, com articulações intensas e discursos acalorados, numa disputa que ultrapassa os limites regimentais e se projeta diretamente no futuro das investigações. O desfecho da reunião oposicionista será determinante para medir o grau de unidade entre os deputados contrários ao governo e o fôlego da base governista diante de um jogo político que está longe de chegar ao fim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário