segunda-feira, 11 de agosto de 2025
PF ABRE NOVO INQUÉRITO CONTRA BOLSONARO POR FAKE NEWS QUE LIGAM LULA A EXECUÇÕES DE PESSOAS LGBTQIA+
A Polícia Federal instaurou, nesta segunda-feira (11), um novo inquérito para investigar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por suposta propagação de notícias falsas e crimes contra a honra envolvendo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A apuração teve início após o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, encaminhar ofício ao diretor-geral da PF, Andrei Passos, solicitando a apuração do caso. Segundo a solicitação, no canal de WhatsApp administrado por Bolsonaro foi compartilhado um conteúdo que associava Lula à morte de pessoas LGBTQIA+, acusação considerada grave e sem respaldo em fatos comprovados. A denúncia chegou inicialmente ao Ministério Público Federal por meio de um cidadão com dupla nacionalidade russa e brasileira, que apresentou uma notícia-crime apontando a publicação como ofensiva e potencialmente criminosa. O MPF analisou o material e decidiu encaminhá-lo ao Ministério da Justiça, que, por sua vez, acionou a Polícia Federal para a abertura formal das investigações. A mensagem em questão teria circulado em grupos de apoiadores e repercutido nas redes sociais, reacendendo o debate sobre a responsabilidade de figuras públicas na divulgação de informações e sobre os limites da liberdade de expressão quando há potencial dano à honra e à imagem de terceiros. A PF, agora, deverá intimar envolvidos para prestar depoimento e requisitar informações técnicas para identificar a origem e a autoria direta da postagem. Peritos também podem ser acionados para verificar a autenticidade do conteúdo e os caminhos percorridos até chegar ao público. Esse não é o primeiro inquérito em que Bolsonaro figura como alvo por suspeita de disseminar informações falsas sobre adversários políticos. Nos últimos anos, o ex-presidente acumulou investigações relacionadas a declarações e publicações polêmicas, especialmente durante períodos eleitorais. A defesa de Bolsonaro, até o momento, não se pronunciou sobre a nova apuração. Já aliados políticos afirmam que se trata de mais um episódio de perseguição judicial, enquanto críticos apontam que o caso reforça a necessidade de responsabilização em casos de desinformação que possam afetar a integridade de grupos sociais ou a imagem de autoridades.
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