A manhã desta segunda-feira (25) foi marcada por uma operação conjunta entre a Polícia Civil de São Paulo (PCSP) e a Polícia Civil de Pernambuco (PCPE), que resultou na prisão de um homem acusado de ameaçar o youtuber Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca. A ação ocorreu em Olinda, na Região Metropolitana do Recife, após uma investigação que contou com apoio fundamental do Google, responsável por fornecer dados técnicos que ajudaram a localizar o suspeito. O caso teve início depois que o criador de conteúdo publicou em seu canal um vídeo de quase cinquenta minutos denunciando casos de exploração e sexualização de menores nas redes sociais, o que teria despertado a reação criminosa. Entre as mensagens enviadas ao youtuber estava um e-mail contendo ameaças de morte, além de acusações caluniosas de pedofilia, configurando grave ataque à sua integridade moral e física. Diante da gravidade das intimidações, Felca acionou o Google Brasil para identificar a origem das mensagens, medida que só foi possível após decisão judicial do Tribunal de Justiça de São Paulo autorizando a quebra de sigilo de dados do usuário responsável pelo envio. A ordem, expedida na semana passada, possibilitou o rastreamento de endereços de IP e outras informações que culminaram na localização do suspeito em Pernambuco. Durante o cumprimento do mandado, os policiais encontraram um segundo homem na residência, que também foi conduzido à delegacia para prestar esclarecimentos. Além das prisões, diversos equipamentos eletrônicos foram apreendidos e encaminhados para perícia, a fim de verificar a extensão das atividades ilícitas. Informações preliminares apontam que o investigado principal teria ligação com a comercialização ilegal de fotos e vídeos envolvendo vítimas de estupro virtual, prática criminosa que teria motivado seu ódio direcionado ao youtuber após a denúncia pública. O caso reforça a crescente preocupação com crimes digitais que atravessam fronteiras e exigem cooperação entre autoridades estaduais e plataformas de tecnologia. Felca, que já havia relatado não ser a primeira vez que recebe ameaças semelhantes, tornou-se alvo justamente por usar sua audiência para expor situações de risco envolvendo menores na internet, um trabalho que lhe rendeu apoio massivo de seguidores, mas também atraiu a hostilidade de indivíduos ligados a redes criminosas. O inquérito segue em andamento, e as autoridades buscam agora aprofundar as investigações sobre possíveis conexões do suspeito com grupos especializados em exploração digital.
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