Presos juntos na última sexta-feira (15), em São Paulo, Hytalo José Santos Silva, de 27 anos, e o marido, Israel Natan Vicente, de 24, viraram alvo de novas revelações. Conhecido como Euro, Israel chegou a gravar um vídeo em que acusa o influenciador de usar crianças que viviam com eles, levantando suspeitas que hoje fazem parte da investigação por exploração infantil e tráfico humano. As informações são do portal Extra.
Na gravação, feita após uma briga do casal durante uma viagem, Euro aparece do lado de fora de um hotel e desabafa sobre a relação:
“Eu quero ir embora para minha casa. Venho vivendo uma coisa que não quero. Ele usa as crianças, faz tudo o que não imaginarem e imaginarem. A gente está aqui num hotel, estou aqui do lado de fora (...) vou deixar na live aqui, porque é sempre assim, batendo e espancando as pessoas.”
Mandado de busca e apreensão
Na véspera da prisão, Hytalo foi alvo de mandado de busca e apreensão. Quando os policiais chegaram à mansão, encontraram a casa vazia, mas com a máquina de lavar ligada. Segundo o juiz Adhailton Lacet, funcionários do condomínio informaram que o influenciador havia saído pouco antes, levando equipamentos em um carro.
Denúncias e repercussão
O caso se tornou um dos mais comentados da internet após o youtuber Felca publicar um vídeo com denúncias de pedofilia e exploração de menores. A gravação, intitulada “Adultização”, já ultrapassou 40 milhões de visualizações e mostra conteúdos de Hytalo com adolescentes em situações de sexualização pública e até simulações de relações entre menores.
Relatos de ex-funcionários e vizinhos
Fontes que conviveram com a chamada Turma do Hytalo afirmaram que o ambiente na mansão era de medo e controle. O carinho mostrado nas redes sociais existia apenas diante das câmeras.
“Se alguém pedir um sanduíche e ele não quiser comer, ninguém come. As crianças só podem se alimentar na presença dele. Se ele acordar às 15h, elas vão ficar sem almoço”, relatou uma fonte.
Outro depoimento revelou que adolescentes eram impedidos de ter dinheiro próprio. Um taxista contou que precisou pagar o lanche de três jovens durante uma viagem, porque eles “não tinham R$ 1 no bolso”.
Ex-funcionários também relataram que festas organizadas na casa eram marcadas por álcool, drogas e situações inapropriadas.
“É muito álcool, algumas drogas ilícitas e as meninas vestidas com aqueles shortinhos minúsculos, rebolando ao som de músicas podres, se beijando na frente de todos e sendo incentivadas a namorar”, contou um deles.
Investigação
Hytalo e Euro foram presos em Carapicuíba, na Grande São Paulo, e seguem detidos. Eles são investigados pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) e pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) por exploração e exposição de menores em conteúdos produzidos para redes sociais.
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