A manhã desta quinta-feira foi marcada por uma operação de grande repercussão no Agreste pernambucano, conduzida pela Polícia Civil, que resultou na prisão de três homens suspeitos de envolvimento no assassinato do vereador Ezio Galindo Cordeiro (Podemos), conhecido como Ezinho Construção, morto a tiros em abril deste ano. Entre os detidos estão um vereador suplente, um assessor parlamentar e um terceiro homem ainda não identificado oficialmente. Até o momento, a identidade dos presos não foi divulgada pelas autoridades, em respeito ao andamento das investigações e ao sigilo processual.
As prisões ocorreram de forma simultânea em diferentes pontos da região. Dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos no município de Alagoinha, cidade onde a vítima exercia o mandato e mantinha forte influência política. Outro mandado foi executado em Venturosa, município vizinho, ampliando o raio de ação da operação. De acordo com os investigadores, a ação de hoje foi resultado de meses de trabalho minucioso, envolvendo análise de imagens, cruzamento de informações e coleta de depoimentos que ajudaram a traçar a possível participação dos suspeitos no crime.
Durante o cumprimento dos mandados, dois dos homens presos foram flagrados em posse de armas de fogo e munições, configurando porte ilegal. Além disso, a polícia apreendeu um veículo com sinais de adulteração, reforçando a suspeita de que ele poderia ter sido utilizado em ações criminosas, possivelmente ligadas ao homicídio do parlamentar. O terceiro preso, embora não estivesse armado no momento da captura, é apontado pelas investigações como peça importante na engrenagem que levou à execução de Ezinho Construção.
O assassinato do vereador, ocorrido em abril, causou comoção e indignação na população de Alagoinha e cidades vizinhas. Ezio Galindo era conhecido por sua postura ativa na política local e por seu trabalho voltado às demandas comunitárias. A forma como foi morto — alvejado a tiros — gerou forte pressão popular para que as autoridades identificassem e prendessem os responsáveis. Desde então, a Polícia Civil vinha conduzindo diligências constantes para esclarecer as circunstâncias do crime e desvendar suas motivações.
Em nota oficial, a Câmara Municipal de Alagoinha manifestou que acompanha com atenção cada etapa da apuração e reforçou o compromisso de apoiar as autoridades para que o caso seja solucionado. “A resolução e o esclarecimento deste caso são, neste momento, nossa prioridade”, informou o legislativo municipal, ressaltando a importância de que a justiça seja feita em respeito à memória de Ezinho Construção e à expectativa da sociedade por respostas concretas.
As investigações continuam em curso, e novas diligências estão previstas para os próximos dias. A Polícia Civil não descarta a possibilidade de que outras pessoas estejam envolvidas direta ou indiretamente na trama que resultou na morte do vereador. Com a prisão de figuras politicamente ligadas à região, o caso ganha contornos ainda mais complexos, levantando questionamentos sobre disputas de poder e possíveis motivações políticas por trás do crime. O clima nas ruas de Alagoinha é de apreensão, e a população aguarda atentamente os próximos passos das autoridades.
Nenhum comentário:
Postar um comentário