A Segunda Câmara do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) decidiu, por unanimidade, julgar irregular uma auditoria especial de conformidade realizada na Prefeitura de Itaquitinga, referente ao exercício financeiro de 2022. O procedimento de fiscalização apurou falhas graves na condução administrativa e apontou responsabilidades diretas ao prefeito Patrick Moraes (PSD) e ao então contador municipal, Paulo Eduardo Pereira de Santana. Segundo o relator do processo, conselheiro Dirceu Rodolfo de Melo Júnior, Patrick Moraes foi responsabilizado por manter a prefeitura sem a presença de um contador efetivo no quadro de servidores, descumprindo exigência básica para assegurar a regularidade contábil. Já o contador da época foi responsabilizado pela desconformidade das demonstrações contábeis consolidadas do exercício, que apresentaram inconsistências técnicas e comprometeram a fidedignidade das informações prestadas ao órgão fiscalizador. A decisão foi tomada no âmbito do Processo nº 24100689-2 e culminou na aplicação de multas aos dois, reforçando um histórico que já mancha a administração do prefeito. Essa não é a primeira vez que Patrick Moraes recebe sanções do TCE-PE, acumulando ao longo de seu mandato diversas punições por diferentes irregularidades detectadas em fiscalizações. As reiteradas falhas revelam um padrão de gestão que se afasta das boas práticas administrativas e que demonstra fragilidade no cumprimento das normas legais. A reincidência, segundo observadores da política local, expõe um descaso preocupante com a estrutura técnica da prefeitura e com a transparência da aplicação dos recursos públicos. Em mais um revés para o gestor, a nova multa amplia a lista de advertências e penalidades que já marcaram sua administração, evidenciando que a atuação do Tribunal de Contas seguirá de perto os passos da gestão em Itaquitinga.
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