quinta-feira, 4 de setembro de 2025

ATENTADO CONTRA VEREADOR MARCA NOVA ESCALADA DE VIOLÊNCIA POLÍTICA EM ALAGOINHA

A cidade de Alagoinha, no Agreste pernambucano, viveu dias de tensão após o atentado a tiros contra o vereador Marcos André dos Santos, conhecido como Marcos de Esmeralda. O episódio ocorreu na noite da terça feira desta semana, em plena Avenida Senador Nilo Coelho, uma das mais movimentadas do município. O parlamentar, que havia acabado de retornar de uma sessão na Câmara Municipal, foi surpreendido por um disparo que atravessou o para-brisa de sua caminhonete branca. Em meio ao susto, acelerou para dentro da garagem de sua casa e conseguiu escapar daquilo que poderia ter terminado em uma execução planejada. A cena foi testemunhada por Roseny Patrícia, agricultora que estava em sua companhia, e registrada por policiais militares que atenderam a ocorrência, entre eles Jânio da Silva Anjos e Tony Carlos Igleisson.

O caso foi registrado como tentativa de homicídio doloso e rapidamente ganhou repercussão. Marcos, que assumiu a vaga após o assassinato do vereador Ezinho, carrega uma trajetória marcada por expectativa e mistério. Sua ascensão política atraiu aliados, mas também acirrou rivalidades, especialmente por seu estilo direto e pela proximidade com bases populares. A sombra da tragédia que vitimou seu antecessor agora parece rondar seu próprio caminho. Há menos de um mês, o vereador foi alvo de mandado de busca e apreensão durante uma operação policial de grande porte no município, fato que mexeu com os bastidores da política local e levantou suspeitas sobre possíveis retaliações.

A investigação segue nas mãos da Polícia Civil da 113ª Circunscrição, que não descarta nenhuma hipótese, desde motivações políticas até represálias ligadas às operações recentes. A arma usada no atentado não foi localizada, tampouco o autor identificado, o que reforça o clima de medo e especulação na cidade. O governo do Estado, por meio da Secretaria de Defesa Social, acompanha o caso, diante da gravidade que envolve violência direcionada a um representante eleito pelo povo. Nos corredores de Alagoinha, surgem teorias sobre a tentativa de silenciamento, recados de grupos rivais ou até armações para desestabilizar o cenário político. Marcos de Esmeralda sobreviveu ao ataque, mas carrega o peso de ser um alvo exposto em um município que já presenciou capítulos sangrentos de sua história recente. A bala que perfurou o silêncio da noite se transformou em símbolo da instabilidade que assombra a política do agreste.

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