O documento que formaliza a denúncia foi protocolado no dia 9 de setembro por Odisval, vítima da agressão, e lido em plenário pelo vereador Alcindo de Melo Correia. A representação exige que a Casa Raimundo de Moraes cumpra seu papel diante do que foi classificado como uma conduta incompatível com o decoro parlamentar. O pedido foi submetido à votação e recebeu o aval dos 16 vereadores presentes, que não hesitaram em dar prosseguimento ao processo de cassação.
Com a aprovação, foi instalada a Comissão Processante que terá a missão de conduzir os trabalhos, colhendo provas, ouvindo testemunhas e elaborando relatório final. A presidência ficou sob responsabilidade da vereadora Fabiana Zooby, a relatoria com Luzia Cordeiro e a função de membro com o vereador Erivan Pita, todos do PSB. O procedimento seguirá o previsto no Decreto-Lei nº 201/67, que trata da perda de mandato de agentes públicos em casos de quebra de decoro.
O caso de Ruber Neto escancarou um comportamento considerado inaceitável para quem ocupa um cargo público. A agressão não apenas foi testemunhada, mas também gravada e compartilhada amplamente, expondo o vereador em uma situação vexatória. O episódio gerou revolta em Garanhuns e fortaleceu o discurso de que não se pode tolerar abusos de poder, principalmente quando praticados por representantes eleitos para defender os interesses da população.
Enquanto a cidade acompanha cada passo do processo, o silêncio do vereador apenas aumenta a pressão. A sociedade cobra respostas rápidas e contundentes, e a Câmara, com a abertura do processo de cassação, deu o primeiro movimento para mostrar que não aceitará conviver com práticas violentas e incompatíveis com o exercício da função parlamentar.
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