O anúncio reacende as expectativas da crítica nacional em torno da presença do Brasil em Hollywood, após a vitória recente do longa “Ainda Estou Aqui”, que consagrou a produção nacional no Oscar 2025.
Com estreia prevista no Brasil para o dia 6 de novembro, o longa de Mendonça já chega cercado de grande expectativa, tanto pelo peso do diretor quanto pelo enredo que remete a um dos períodos mais turbulentos da história do país: a ditadura militar dos anos 1970.
A trama acompanha um professor universitário, interpretado por Wagner Moura, que retorna ao Recife em busca de reencontrar o filho caçula. O reencontro, no entanto, acontece em meio ao clima de repressão política, o que coloca o personagem diante de riscos constantes.
Kleber Mendonça Filho, conhecido por obras como “Aquarius” e “Bacurau”, mais uma vez aposta na mistura entre drama político e questões íntimas para construir uma narrativa densa, reflexiva e atual.
A repercussão internacional também já se faz presente. O conceituado jornal britânico The Guardian avaliou o filme com nota máxima, descrevendo-o como “visual e dramaticamente soberbo”, além de destacá-lo como “ambicioso, complexo e elusivo”.
Apesar do entusiasmo, a escolha feita pela Academia Brasileira de Cinema não significa indicação automática. O longa agora entra na disputa com produções de dezenas de países e precisará conquistar uma vaga entre os cinco finalistas que disputarão a estatueta em março do próximo ano.
A cerimônia do Oscar 2026 está marcada para o dia 15 de março de 2026, em Los Angeles. Até lá, “O Agente Secreto” seguirá seu percurso internacional em festivais e mostras de cinema, buscando fortalecer sua campanha e ampliar seu alcance diante da crítica especializada.
O certo é que, mais uma vez, o Brasil tem um filme de forte impacto artístico e político representando sua cinematografia no maior prêmio do cinema mundial.
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