domingo, 28 de setembro de 2025

LULA CAMINHA A PASSOS LARGOS PARA REELEIÇÃO


Do jornalista Ricardo Noblat
Goste-se disso ou não, Lula deverá se reeleger em 2026.

A não ser que lhe falte saúde ou que cometa graves erros daqui para frente.

Aprendi ao longo de 76 anos que é preciso ter sorte para dar-se razoavelmente bem na vida – estar no lugar certo, na hora certa, e fazer a escolha certa. Mas que sorte depende também de muita ralação, a não ser que você tenha nascido em berço de ouro. Felicidade não depende apenas do ouro que se possa herdar.

De Lula, quase sempre para rebaixá-lo, seus desafetos dizem que é um homem de sorte. Que as coisas caem em seu colo de graça por obra do destino ou de decisões erradas dos adversários. Esquecem o passado miserável dele até se destacar como líder sindical. Minimizam sua inteligência e o conhecimento que acumula.

Não discordo que Lula seja um homem de sorte, mas pelas razões expostas acima: ralou muito, soube onde estar na maioria das vezes e na hora certa, e acertou nas suas escolhas. Não sem razão todas as eleições presidenciais desde o fim da ditadura de 64 se deram à sua sombra, inclusive a de 2018 quando estava preso.

A de 1989, ele perdeu para Fernando Collor (53,03% a 46,97%), o candidato apoiado pelas elites políticas e econômicas do país e pela mídia em peso. Perdeu a de 1994 para Fernando Henrique Cardoso (54,28% a 27,o4%) e também a de 1998 (53,06% a 31,71%). Colheu sua primeira vitória em 2002 contra José Serra (61,27% a 38,73%).

Reelegeu-se em 2006 ao derrotar Alckmin (60,83% a 39,17%). Elegeu Dilma para sucedê-lo em 2010 (56,05% a 43,95% de Serra), e ajudou-a a se reeleger em 2014 (51,64% a 48,36% de Aécio Neves). 

Preso em 2018, não pôde ser candidato. Indicou Fernando Haddad, que acabou derrotado por Bolsonaro (55,13% a 44,87%).

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