sábado, 27 de setembro de 2025

MINISTRO CELSO SABINO ADIA SAÍDA DO TURISMO APÓS PEDIDO DE LULA E MIRA VISIBILIDADE NA COP 30 EM BELÉM

O futuro político do ministro do Turismo, Celso Sabino, ganhou novos capítulos após a reunião realizada nesta sexta-feira (26) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Embora já tivesse comunicado que deixaria a pasta para obedecer à decisão da Executiva Nacional do União Brasil, Sabino permanecerá no cargo até a próxima quinta-feira. A permanência temporária é fruto de um pedido direto de Lula, que solicitou ao ministro que o acompanhasse em uma agenda oficial em Belém, relacionada à preparação da COP 30. Em entrevista coletiva em Brasília, Sabino confirmou o acerto e disse que continuará exercendo as funções ministeriais até a missão no Pará. O evento tem peso simbólico e estratégico, especialmente para o próprio ministro, que sonha em disputar uma vaga no Senado por seu estado. A COP 30, prevista para acontecer em Belém, dará ao Pará grande destaque internacional e, para Sabino, será uma oportunidade de ampliar sua visibilidade junto ao eleitorado. Apesar do gesto de lealdade ao presidente, o ministro não esconde que seguirá tentando convencer a cúpula do União Brasil a reconsiderar a ordem de entregar os cargos ocupados no governo. Segundo ele, o diálogo com os dirigentes continua e sua intenção é demonstrar a importância de manter o espaço conquistado. A crise começou no início de setembro, quando o presidente nacional do partido, Antônio Rueda, anunciou oficialmente o rompimento com o Planalto e determinou que todos os filiados entregassem os postos de comando. Desde então, Sabino vinha protelando a decisão, afirmando que esperaria o retorno de Lula dos Estados Unidos para entregar pessoalmente a carta de demissão. Agora, com a missão em Belém, conseguiu mais alguns dias de sobrevida no Ministério do Turismo. Enquanto isso, outros ministros ligados ao União Brasil seguem em situação mais confortável. Waldez Góes, titular da Integração e Desenvolvimento Regional, e Juscelino Filho, das Comunicações, ambos com forte apoio do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, devem continuar em seus cargos, já que possuem sustentação política distinta dentro da legenda. O episódio revela não apenas a instabilidade da relação entre o União Brasil e o governo, mas também a movimentação estratégica de Sabino, que busca capitalizar sua passagem pelo ministério antes de mergulhar de vez no projeto eleitoral de 2026.

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