Pedro Campos detalhou que a proposta, apresentada por partidos do Centrão, tramitou no Congresso em diferentes versões, cada uma trazendo novos riscos à democracia e ao combate à corrupção. Entre os pontos críticos, o deputado citou a ampliação da influência de criminosos na política e a possibilidade de articulação entre o centro político e o PL para viabilizar a anistia.
O parlamentar explicou que o campo progressista estava dividido entre rejeitar a PEC integralmente, correndo o risco de aprovar a anistia, ou negociar alterações para eliminar trechos polêmicos. Como líder da bancada, Pedro Campos optou pela segunda alternativa, buscando barrar dispositivos que considerava absurdos, como a necessidade de autorização para que a Polícia Federal investigasse parlamentares ou realizasse buscas e apreensões.
“Caminhávamos para derrotar a anistia”, afirmou o deputado, destacando que votou a favor do adiamento da discussão, contra o voto secreto e contra o foro privilegiado para presidentes nacionais de partidos. Apesar disso, reconheceu que a bancada se dividiu em outros pontos e que o resultado final não foi o esperado.
“Temos a humildade de reconhecer que não escolhemos o melhor caminho e saímos derrotados na votação da PEC e na votação da anistia”, disse Pedro Campos. Para tentar reverter os efeitos da votação, o deputado anunciou que entrará com mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF), questionando a manobra que permitiu a volta do voto secreto.
O parlamentar reforçou que seu mandato é pautado pela transparência e pelo compromisso com os eleitores, valorizando as críticas recebidas como legítimas. Pedro Campos ressaltou ainda que seu posicionamento segue a mesma lógica em votações de grande relevância, como a prisão de Chiquinho Brazão e a continuidade dos julgamentos envolvendo Alexandre Ramagem e o ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Vamos seguir com humildade, coragem e fazendo política ouvindo as pessoas”, concluiu, reafirmando seu compromisso com uma atuação ética e responsável no Congresso. A manifestação do deputado destaca a complexidade das negociações políticas e a necessidade de equilíbrio entre estratégia parlamentar e defesa dos interesses da sociedade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário