Com a aprovação, cada vereador passa a ter o direito de indicar parte do orçamento municipal para áreas essenciais, como saúde, educação, infraestrutura e assistência social, sem depender da autorização direta do gestor. Na prática, o projeto devolve aos parlamentares o poder de decidir onde o dinheiro público deve ser aplicado, fortalecendo a representatividade popular e garantindo mais equilíbrio entre os poderes.
Apesar da importância e do impacto positivo para a população, três vereadores decidiram acompanhar a posição do prefeito e votaram contra a proposta: Robertinho Asfora, João Rosal e Silvano. A decisão, no entanto, foi insuficiente para barrar o avanço da matéria, que foi aprovada com ampla maioria. O resultado foi recebido com aplausos e entusiasmo por parte dos vereadores que defenderam a autonomia da Casa.
Nos bastidores, a votação foi vista como um divisor de águas no cenário político brejense. A base aliada de Asfora saiu enfraquecida, enquanto a oposição comemorou o que chamou de “vitória da democracia”. A medida também abre um novo capítulo na relação entre o Executivo e o Legislativo, sinalizando que a Câmara não mais se curvará às decisões unilaterais do prefeito.
Com a aprovação das emendas impositivas, os vereadores ganham não apenas poder de decisão, mas também responsabilidade direta na destinação dos recursos públicos. A mudança promete acelerar obras, destravar projetos e garantir que as demandas das comunidades cheguem ao orçamento de forma mais justa e transparente.
O episódio, descrito por muitos como uma “pisa política” sofrida por Roberto Asfora, mostrou que a Câmara de Brejo da Madre de Deus vive um novo momento: mais independente, mais atuante e, acima de tudo, mais próxima do povo.
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