Moura afirmou ter recebido com surpresa e gratidão as menções de 3% a 4% em levantamentos eleitorais, mas relativizou os números.
Na conversa com o jornalista Elielson Lima, o parlamentar reforçou que sua prioridade é o trabalho na Câmara do Recife e a consolidação de projetos locais.
O discurso do vereador transita entre prudência política e ambição moderada: reconhece a visibilidade, porém evita aventuras em disputas polarizadas.
Segundo Moura, o atual cenário polarizado entre forças tradicionais inviabiliza, no curto prazo, uma postulação estadual viável.
Por isso, mantém como horizonte a disputa por uma vaga na Câmara dos Deputados, caso a conjuntura não mude.
A opção por federal, explica, é uma estratégia para ampliar sua atuação legislativa sem se embrenhar na polarização estadual.
Moura argumenta que o mandato federal permitiria levar pautas do Recife — saúde, segurança e eficiência administrativa — ao Congresso.
Fontes próximas ao vereador confirmam que o Novo em Pernambuco monitora o desempenho dele nas redes e em pesquisas internas.
A menção nas sondagens, apesar de modesta, oxigenou apoiadores e redes de voluntariado que o acompanham em eventos.
Mas Moura tem sido enfático: projeção não é candidatura; trabalho cotidiano e prestação de contas ao eleitor têm prioridade.
Na Câmara, o vereador tem protagonizado pedidos de informação e requerimentos voltados à saúde pública e à fiscalização de contratos.
Analistas ouvidos por este jornal avaliam que a decisão por federal reflete um cálculo político realista diante da fragmentação do centro.
Para parte do eleitorado, explica um cientista político, Moura reúne perfil moderno e discurso de gestão, atributos valorizados em campanhas proporcionais.
A movimentação do Novo em Pernambuco também será decisiva: alianças, definição de chapas e espaço do partido nas coligações influenciarão a escolha.
Nos bastidores, interlocutores do vereador trabalham para construir palanque e identificar potenciais apoios regionais caso confirme a corrida a federal.
Moura não fixou calendário nem anunciou agenda de pré-campanha; admite que será pragmático e que a decisão dependerá de avanços nas conversas.
Enquanto isso, intensifica aparições públicas e fiscalizações que servem tanto à função legislativa quanto à exposição política.
Especialistas lembram que candidaturas a deputado federal exigem estrutura, tempo de TV e articulação com bases locais — desafios que Moura reconhece.
O discurso de moderação de Moura contrasta com vozes mais aventureiras do cenário estadual, que defendem candidaturas alternativas às polarizações.
Se optar pela federal, o vereador entra em um jogo onde a competição por votos no Recife e na Região Metropolitana será decisiva.
Até lá, Moura segue colecionando menções, afinando seu discurso e avaliando, com cautela, o momento oportuno para transformar intenção em candidatura.
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