Vieira chegou à residência oficial do Brasil na capital americana por volta das 16h25, após o encontro que durou aproximadamente uma hora. Evitando declarações à imprensa, o chanceler preferiu manter discrição, reforçando o tom reservado que marcou a agenda diplomática. Segundo fontes do Itamaraty, a reunião foi dividida em duas etapas, com uma primeira parte restrita, de cerca de 15 minutos, entre Vieira e Rubio, e uma segunda fase ampliada, que contou com a presença de representantes de alto escalão dos dois governos.
Pelo lado brasileiro, estiveram presentes os embaixadores Maurício Lyrio, secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente; Philip Gough, secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros; e Joel Sampaio, chefe da Assessoria Especial de Comunicação Social. Do lado norte-americano, o destaque ficou para a participação do representante comercial dos Estados Unidos, Jamieson Greer, reforçando a pauta econômica como um dos principais eixos da conversa.
Fontes próximas ao governo brasileiro apontam que o encontro abordou temas sensíveis como meio ambiente, comércio bilateral e segurança energética, áreas consideradas prioritárias por ambos os países. A presença da embaixadora do Brasil em Washington, Maria Luiza Ribeiro Viotti, também teria sido confirmada, contribuindo para a condução diplomática de um diálogo visto como ponto de reaproximação após períodos de distanciamento.
Ainda que sem pronunciamentos oficiais, o clima entre as delegações foi descrito como “positivo e pragmático”. O governo Lula busca consolidar uma relação de cooperação com os Estados Unidos baseada em interesses comuns, ao mesmo tempo em que reafirma a autonomia da política externa brasileira. A visita de Mauro Vieira a Washington, portanto, representa mais do que uma simples reunião: é um sinal de que o Brasil volta a ocupar seu espaço no tabuleiro diplomático global com firmeza, equilíbrio e propósito.
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