Em vídeo divulgado nas redes sociais, o ex-ministro explicou que sua saída marca uma transição estratégica: “Estou saindo para ser candidato em 2026, e o Guilherme Boulos está entrando, porque não será candidato, para cuidar da gestão”, declarou. Macêdo, natural de Sergipe, deve concorrer a uma vaga de deputado federal pelo estado.
Apesar de rumores nos bastidores sobre insatisfação de Lula com a condução da pasta, Macêdo optou por um tom de agradecimento. “Saio com a sensação de missão cumprida” e destacou que a palavra que define este momento é “gratidão”.
A mudança na Secretaria-Geral representa uma guinada política no núcleo do governo, com a entrada de Guilherme Boulos (PSOL-SP). A pasta, responsável pelo diálogo com movimentos sociais e coordenação de articulações estratégicas, agora terá à frente uma liderança de perfil mais ligado à esquerda e com forte apelo eleitoral.
Fontes do Palácio do Planalto indicam que a substituição também tem como objetivo aproximar o governo de segmentos sociais estratégicos, fortalecendo a base de apoio e ampliando a presença política de figuras com capacidade de mobilização popular.
A nomeação de Boulos será oficializada no Diário Oficial da União nesta terça-feira (21), consolidando a transição e sinalizando uma renovação na condução da Secretaria-Geral. Analistas políticos veem a troca como uma manobra para reforçar a preparação eleitoral do governo e ampliar a visibilidade de lideranças com potencial de votação significativa nas próximas eleições.
Durante seu período à frente da pasta, Macêdo esteve envolvido em articulações centrais do governo, participando de negociações com partidos aliados, movimentos sociais e coordenando ações estratégicas de integração entre o Executivo federal e diferentes setores da sociedade.
A chegada de Boulos promete manter o diálogo com os movimentos sociais, mas acrescenta um viés mais político-eleitoral, com foco em fortalecer a base de apoio do governo para 2026. Especialistas apontam que essa movimentação também visa consolidar a presença do PSOL no núcleo decisório do Palácio do Planalto, criando uma ponte entre gestão e mobilização social.
A saída de Macêdo e a entrada de Boulos demonstram a importância da Secretaria-Geral não apenas como pasta administrativa, mas como espaço estratégico de articulação política, capaz de influenciar diretamente a dinâmica eleitoral do governo Lula nos próximos anos.
Essa transição é interpretada como uma ação planejada para alinhar interesses de gestão e política, preservando o equilíbrio interno do Executivo e preparando o terreno para a próxima corrida eleitoral, enquanto mantém a estabilidade das funções estratégicas da Secretaria-Geral da Presidência.
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