A AIJE, movida contra a coligação “Cabrobó para o Trabalho Não Parar”, foi distribuída em 1º de outubro de 2024 e já conta com pedido de liminar, que poderá antecipar efeitos antes da decisão final do juiz eleitoral. O MPE alega que a conduta dos gestores pode ter comprometido a normalidade da eleição e influenciado diretamente o resultado do pleito, configurando prática vedada pela legislação eleitoral.
Em manifestação detalhada, o promotor Bruno Pereira Bento de Lima requereu não apenas a cassação dos mandatos, mas também a declaração de inelegibilidade tanto do prefeito quanto da vice-prefeita, o que impediria a participação de ambos nas eleições futuras por determinado período. Além disso, o MPE solicitou a aplicação de multa aos dois gestores e a outros dois envolvidos no processo, reforçando a gravidade das irregularidades apontadas.
O caso vem despertando atenção na região, pois qualquer decisão que confirme a cassação terá impacto direto na gestão municipal e no calendário político local. A coligação envolvida ainda não se pronunciou oficialmente sobre o pedido, e aliados políticos acompanham com expectativa cada movimentação do processo.
Especialistas em direito eleitoral destacam que a decisão caberá ao juiz da 77ª Zona Eleitoral, que analisará minuciosamente provas e depoimentos antes de definir o desfecho da ação. Caso a liminar seja deferida, o efeito imediato poderá alterar a composição administrativa da prefeitura, gerando repercussões para políticas públicas e projetos em andamento no município.
A investigação envolve detalhamento de gastos de campanha, uso de recursos públicos em benefício eleitoral e possíveis pressões sobre eleitores, elementos que podem caracterizar abuso de poder econômico e político. A decisão final deverá considerar a extensão do suposto dano à democracia local e ao processo eleitoral.
Enquanto isso, a população de Cabrobó acompanha de perto o desenrolar do caso, que promete mobilizar partidos, advogados e lideranças políticas. A expectativa é de que o juiz eleitoral defina os próximos passos ainda nos próximos meses, determinando se Galego de Nanai e Fernanda Torres permanecerão à frente da administração municipal ou se medidas mais severas serão aplicadas.
O episódio reforça o papel do Ministério Público Eleitoral na fiscalização das eleições, garantindo que irregularidades sejam investigadas e responsabilizadas, preservando a legitimidade do voto e o equilíbrio do processo democrático
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