quinta-feira, 23 de outubro de 2025

PEDRO CAMPOS PEDE RIGOR CONTRA EDUARDO BOLSONARO E DENUNCIA SUBMISSÃO DA DIREITA À FAMÍLIA DO EX-PRESIDENTE

O líder do PSB na Câmara dos Deputados, Pedro Campos (PE), protagonizou um discurso contundente nesta terça-feira (22), ao cobrar do Conselho de Ética da Casa a abertura imediata de um processo disciplinar contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), acusado por ele de traição à pátria. As declarações do parlamentar pernambucano ocorrem em meio à repercussão de atitudes e falas recentes de Eduardo Bolsonaro, feitas nos Estados Unidos, que, segundo Pedro, configuram um “atentado à soberania nacional e ao decoro parlamentar”. O socialista afirmou que o comportamento do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro ultrapassa todos os limites aceitáveis no exercício de um mandato público, sobretudo quando um representante do povo age de forma contrária aos interesses do próprio país.

Pedro Campos destacou que o Parlamento brasileiro não pode se omitir diante de ataques à democracia e cobrou coragem institucional para enfrentar a influência da família Bolsonaro sobre parte dos partidos de direita. Em tom firme, ele acusou a base conservadora de se manter em silêncio por medo de contrariar o grupo político. “O Congresso Nacional e, principalmente, a direita brasileira continuam reféns da família Bolsonaro. Reféns de Eduardo Bolsonaro, sem coragem de aplicar sequer uma suspensão mínima”, afirmou o deputado, ressaltando que o comportamento do parlamentar paulista atenta contra o Brasil, o próprio pai e aliados políticos.

O líder do PSB argumentou ainda que o Conselho de Ética deve se reafirmar como um espaço de defesa da democracia, livre de conveniências e seletividades partidárias. Para Pedro, é preciso restabelecer o respeito institucional e mostrar à sociedade que existem limites para o uso do mandato parlamentar. Ele alertou que arquivar o pedido de investigação seria uma demonstração de covardia e conivência. “O Conselho de Ética precisa ser um instrumento de ressurgimento da democracia, um lugar que diga claramente que aqui há limites. O Brasil não pode aceitar mais um absurdo sendo normalizado”, declarou.

O pronunciamento de Pedro Campos ecoou entre os corredores da Câmara e nas redes sociais, abrindo mais um capítulo na tensão política entre o campo progressista e o bolsonarismo. O socialista, que tem se destacado por uma postura crítica e combativa, voltou a defender a preservação das instituições e o fortalecimento do papel do Legislativo como guardião da soberania nacional e da ética pública, em meio à escalada de discursos extremistas que voltam a desafiar os pilares democráticos do país.

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