domingo, 5 de outubro de 2025

PERNAMBUCO INVESTIGA 22 CASOS SUSPEITOS DE INTOXICAÇÃO POR METANOL E MONTA FORÇA-TAREFA PARA ESCLARECER OCORRÊNCIAS

A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) divulgou, neste domingo (5), um novo boletim sobre os casos suspeitos de intoxicação por metanol registrados no estado. De acordo com o informe, 24 notificações foram recebidas pelas autoridades sanitárias, das quais duas já foram descartadas, restando 22 ainda sob investigação. O governo estadual intensificou as ações de monitoramento e análise laboratorial diante da gravidade do quadro e do risco que o consumo de substâncias adulteradas representa para a população.

As notificações envolvem pacientes residentes em diferentes municípios, o que amplia a complexidade do caso e reforça a necessidade de uma investigação coordenada. Há registros de ocorrências em Carpina, Caruaru, Cedro, Gravatá, João Alfredo, Lagoa do Ouro, Lajedo, Olinda, Recife, Paudalho, Mirandiba e Jupi. Também estão sendo analisadas situações de pacientes que moram originalmente em outros estados, como São Paulo e Alagoas, indicando uma possível circulação mais ampla do produto contaminado.

Segundo a SES-PE, as equipes técnicas trabalham em três frentes principais para acelerar os resultados periciais e oferecer subsídios às investigações da Polícia Civil. A primeira frente é conduzida pelo Instituto Médico Legal (IML), responsável pelas análises clínicas e necroscópicas. A segunda é coordenada pelo Instituto de Criminalística (IC), que atua na coleta e exame de amostras suspeitas de bebidas e substâncias químicas. Já o Laboratório de Toxicologia Forense se encarrega de identificar a presença de metanol e outros compostos potencialmente letais nos materiais apreendidos.

O metanol é uma substância altamente tóxica e pode causar sintomas graves como náuseas, vômitos, dores abdominais, dificuldade visual e até cegueira e morte, dependendo da quantidade ingerida. As autoridades reforçam o alerta à população para que evite o consumo de bebidas alcoólicas de procedência duvidosa, especialmente aquelas vendidas sem rótulo, selo fiscal ou identificação clara de origem. A SES-PE informou que mantém vigilância permanente e segue articulada com os órgãos de segurança e perícia para identificar a origem dos produtos contaminados, prevenir novos casos e garantir a responsabilização dos envolvidos.

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