As notificações envolvem pacientes residentes em diferentes municípios, o que amplia a complexidade do caso e reforça a necessidade de uma investigação coordenada. Há registros de ocorrências em Carpina, Caruaru, Cedro, Gravatá, João Alfredo, Lagoa do Ouro, Lajedo, Olinda, Recife, Paudalho, Mirandiba e Jupi. Também estão sendo analisadas situações de pacientes que moram originalmente em outros estados, como São Paulo e Alagoas, indicando uma possível circulação mais ampla do produto contaminado.
Segundo a SES-PE, as equipes técnicas trabalham em três frentes principais para acelerar os resultados periciais e oferecer subsídios às investigações da Polícia Civil. A primeira frente é conduzida pelo Instituto Médico Legal (IML), responsável pelas análises clínicas e necroscópicas. A segunda é coordenada pelo Instituto de Criminalística (IC), que atua na coleta e exame de amostras suspeitas de bebidas e substâncias químicas. Já o Laboratório de Toxicologia Forense se encarrega de identificar a presença de metanol e outros compostos potencialmente letais nos materiais apreendidos.
O metanol é uma substância altamente tóxica e pode causar sintomas graves como náuseas, vômitos, dores abdominais, dificuldade visual e até cegueira e morte, dependendo da quantidade ingerida. As autoridades reforçam o alerta à população para que evite o consumo de bebidas alcoólicas de procedência duvidosa, especialmente aquelas vendidas sem rótulo, selo fiscal ou identificação clara de origem. A SES-PE informou que mantém vigilância permanente e segue articulada com os órgãos de segurança e perícia para identificar a origem dos produtos contaminados, prevenir novos casos e garantir a responsabilização dos envolvidos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário