O presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), desembargador Ricardo Paes Barreto, assumirá interinamente o comando do Governo do Estado nesta sexta-feira (24), às 14h, em cerimônia marcada para o Palácio do Campo das Princesas, no Recife. O ato formal de transmissão de cargo será realizado pela governadora em exercício, Priscila Krause, que embarca para a Argentina em missão oficial com foco na promoção do Turismo e do Desenvolvimento Econômico de Pernambuco.
Com a ausência simultânea da governadora Raquel Lyra (PSD), que cumpre compromissos internacionais na Dinamarca até o dia 28, e do presidente da Assembleia Legislativa, Álvaro Porto (PSDB), que seguirá para Portugal, Ricardo Paes Barreto — quarto na linha sucessória do Estado — assume oficialmente a chefia do Executivo estadual. Essa será a segunda vez que o desembargador ocupa temporariamente o Governo.
Em 2023, Paes Barreto já havia exercido a função interina em situação semelhante, quando o prefeito do Recife, João Campos (PSB), viajou ao exterior, e o presidente da Câmara Municipal, Romerinho Jatobá (PSB), também se ausentou, evitando conflitos legais. A experiência anterior reforça a capacidade do presidente do TJPE de conduzir o Estado mesmo em situações de interinidade, garantindo a continuidade administrativa.
Durante o período em que estiver à frente do Executivo, Ricardo Paes Barreto terá responsabilidades plenas sobre a rotina administrativa do Governo, mantendo as operações e decisões estratégicas necessárias para o funcionamento do Estado. Apesar do caráter temporário da função, o desembargador terá autoridade para decisões urgentes e rotineiras, assegurando que Pernambuco não sofra descontinuidade em seus serviços públicos e políticas estaduais.
A cerimônia de transmissão do cargo no Palácio do Campo das Princesas, tradicional sede do Executivo estadual, seguirá protocolos formais e contará com a presença de autoridades do Judiciário, Executivo e representantes de órgãos de segurança e administração pública. A comunicação oficial do Governo detalhará os horários, medidas de segurança e logística do evento.
A presença de Paes Barreto no comando do Estado é um reflexo do sistema de sucessão previsto na Constituição Estadual, que garante estabilidade administrativa mesmo diante de ausências simultâneas de governadores e presidentes de órgãos legislativos. O desembargador, ao assumir o governo, reforça a importância da integração entre os poderes Judiciário e Executivo para assegurar governança contínua e eficaz.
Ao longo do período de interinidade, espera-se que Paes Barreto acompanhe de perto pautas administrativas essenciais, incluindo áreas como saúde, segurança pública, infraestrutura e desenvolvimento econômico, mantendo a execução de programas estratégicos do Governo. Apesar de sua atuação temporária, a expectativa é que as decisões tomadas sigam diretrizes já estabelecidas pelo Executivo estadual, evitando rupturas administrativas ou políticas.
O retorno da governadora Raquel Lyra está previsto para a próxima terça-feira (28), momento em que a transição de volta ao comando do Governo será realizada de forma oficial, encerrando a interinidade de Ricardo Paes Barreto. Até lá, o desembargador permanecerá responsável por garantir a estabilidade institucional e a continuidade das ações do Estado.
Com a viagem de Priscila Krause à Argentina e de Raquel Lyra à Dinamarca, Pernambuco passa por um período incomum de liderança temporária, mas amparado por normas constitucionais claras, que asseguram a continuidade da administração estadual e a estabilidade política, reforçando a confiança da população na governança local.
Durante esses dias, Paes Barreto não apenas preservará a rotina administrativa, mas também manterá interlocução com secretários e órgãos do Governo, garantindo que decisões emergenciais possam ser tomadas sem interrupções. A atuação temporária do presidente do TJPE evidencia a importância do planejamento institucional e da articulação entre os diferentes poderes do Estado.
Este episódio reforça o papel do Judiciário não apenas na fiscalização e aplicação da lei, mas também como componente essencial na sucessão de chefes do Executivo em situações extraordinárias, garantindo que o Governo de Pernambuco continue funcionando de maneira eficiente e organizada mesmo diante de ausências simultâneas de seus principais gestores.
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