Na manhã de terça-feira (21), a Polícia Militar destruiu um plantio de maconha em terreno indígena na Aldeia Lagoa, em Pesqueira (PE).
A operação foi realizada pela 8ª Companhia Independente da PM após investigações apontarem cultivo em cerca de dois hectares.
No local, os policiais encontraram aproximadamente 12 mil pés de maconha em fase de cultivo.
Também foram apreendidos 92 quilos da droga já colhida e acondicionada em onze sacos plásticos.
Ao aproximarem-se da roça, os agentes foram recebidos a tiros por homens que faziam a segurança do local.
Houve troca de tiros; os suspeitos fugiram pela vegetação e não foram capturados.
A plantação foi incinerada na própria terra; apenas uma pequena amostra foi preservada para perícia e registro na Delegacia.
Em vídeo publicado nas redes sociais, o delegado Rossine, líder político de oposição em Pesqueira, manifestou surpresa com a descoberta.
Rossine ressaltou que a plantação ficava exatamente ao lado da casa do cacique da aldeia, local apontado como sede da lavoura.
O delegado destacou ainda que o cacique é, simultaneamente, prefeito da cidade, informação que ele considera relevante para a investigação.
Segundo Rossine, o cultivo de maconha exige quase um ano até a colheita, o que indica a necessidade de controle contínuo da área.
Por esse motivo, o delegado afirmou que quem comanda o território costuma responder pela atividade, levantando dúvidas sobre quem fiscalizava a região.
A Polícia Militar informou que as apurações continuam para identificar e prender os responsáveis pela roça.
A Delegacia de Polícia Civil recebeu a amostra preservada e deve encaminhá-la para perícia técnica.
Entre os crimes a serem investigados estão tráfico de drogas e porte ilegal de arma.
Moradores locais demonstraram apreensão e cobraram reforço no policiamento das comunidades rurais e indígenas.
O episódio reacende o debate sobre a proteção de terras indígenas e a vulnerabilidade dessas áreas a atividades ilícitas.
Especialistas em segurança pública lembram que locais isolados facilitam a ocultação e manutenção de plantações ilegais.
A destruição de 12 mil pés e a apreensão de 92 quilos representam um golpe relevante ao comércio ilícito regional.
Organizações indígenas e órgãos de defesa dos direitos humanos podem ser acionados para acompanhar as investigações.
Autoridades locais ainda não confirmaram se haverá investigação específica sobre participação de membros da aldeia ou do poder municipal.
A população de Pesqueira aguarda desdobramentos e possíveis prisões anunciadas pela Polícia Civil e pela PM.
Novas informações deverão ser divulgadas pelas instituições responsáveis à medida que as apurações avancem.
Enquanto isso, o caso alimenta controvérsias políticas e exige respostas transparentes das autoridades.
Fique atento: atualizaremos este espaço assim que surgirem novas informações oficiais.
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